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Aloísio Vasconcelos, presidente da Eletrobrás, deixa o cargo

Enfraquecido na cúpula do governo, Vasconcelos pediu demissão no final do ano

Por Agencia Estado
Atualização:

Enfraquecido na cúpula do governo, depois de acumular divergências com diretores da companhia, o presidente da Eletrobrás, Aloísio Vasconcelos, deixou o cargo. A informação foi confirmada nesta terça-feira ao Estado por mais de uma fonte ligada à empresa. A presidência da estatal será ocupada interinamente pelo diretor de Engenharia, Valter Luiz Cardeal, que acumulará as duas funções. Cardeal é tido como homem de confiança do PT e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, mas, segundo fontes, assume o comando da empresa temporariamente e por força do estatuto da companhia. As mesmas fontes garantem que Cardeal deverá ficar no cargo somente até que o PMDB - partido que tem o controle político da estatal e do Ministério de Minas e Energia - indique outro nome para a vaga. Dentro da Eletrobrás, a saída de Vasconcelos já era dada como certa desde a sexta-feira passada, quando o executivo teria se despedido pessoalmente de alguns funcionários. Vasconcelos havia apresentado seu pedido de demissão ao conselho da Eletrobrás no mês passado, alegando motivos pessoais. O pedido foi aceito e ele já virou o ano afastado do comando da empresa. Os rumores sobre a saída de Vasconcelos começaram a se acentuar nas últimas semanas por causa de divergências com Cardeal e outros diretores da empresa. Conforme o Estado publicou na semana passada, Vasconcelos vinha tendo fortes divergências com o diretor financeiro da Eletrobrás, José Drummond Saraiva, em torno, principalmente, dos planos do governo para reestruturar e aumentar a capacidade de investimentos da empresa. Vascocelos anunciou, em entrevista, que estava em estudos a incorporação à holding das subsidiárias Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul. A informação porém, foi retificada em nota encaminhada ao mercado por Saraiva. Vasconcelos assumiu a presidência da Eletrobrás em julho de 2005, para substituir Silas Rondeau, que estava, então, assumindo o Ministério de Minas e Energia. Engenheiro formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele já foi deputado federal em duas legislaturas e diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Também engenheiro, Cardeal já atuou como diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE). Ele também já trabalhou como assistente executivo da diretoria do extinto Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE).

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