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Alta da gasolina seria imperceptível na inflação, diz Lobão

Ministro diz que ainda não foi definido porcentual para reajuste, mas que aumento será inevitável

Por Nélia Marquez
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira, 30, que as informações apresentadas pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, são de que se houver um reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel, "a elevação na inflação será mínima, quase imperceptível". Lobão informou ainda que, na reunião da última terça com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros, Gabrielli não apresentou porcentuais de reajuste. A Petrobras, segundo Lobão, não resiste mais tempo sem este reajuste de preços por conta da alta do petróleo no mercado internacional.  Veja também:  Lula quer solução para preço da gasolina ainda nesta quarta Bernardo diz que Lula pediu mais detalhes sobre combustíveis BC destaca risco de inflação e pode continuar a subir juros Opep diz que preço do petróleo pode chegar a US$ 200 Especialista da Fipe comenta aceleração da inflação  Preço do petróleo em alta  Entenda os principais índices de inflação    Segundo ele, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficou encarregado de fazer a análise do ponto de vista técnico-financeiro e econômico. "A decisão dele, junto com o presidente da Petrobras, será definitiva para a nossa concordância (sobre o aumento)", disse o ministro. Sobre o assunto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer uma definição ainda nesta quarta-feira. "Não pode passar de hoje", afirmou. Ele disse que se é para dar aumento, que seja dado logo. Se não, que se diga que não vai dar para acabar com as "especulações". Lobão afirmou que o presidente da Petrobras tem se queixado muito de que, tendo o preço do petróleo no mercado internacional subido 100% nos últimos dois anos, a empresa se sente altamente prejudicada nos seus custos e argumenta que necessita urgentemente de uma recomposição nos seus preços na bomba de gasolina e de diesel no mercado interno. A última vez que os preços dos combustíveis foram reajustados no País foi em setembro de 2005, quando o barril de petróleo era cotado a US$ 60 no mercado internacional. Esta semana, o barril de petróleo chegou próximo a cotação recorde de US$ 120,00 em Nova York. "É isso que está sendo falado com o ministro da Fazenda e seus assessores para saber, primeiro, se é realmente necessário uma elevação de custos e, se chegar a conclusão da necessidade (do aumento), de quanto será", afirmou. Lobão reafirmou que, por determinação do presidente, a decisão sobre os preços da gasolina e diesel tem que ser tomada ainda hoje. O ministro reconheceu que um possível aumento na gasolina e diesel terá reflexo na inflação mas argumentou que, de acordo com a Petrobrás, o aumento, se houver, terá um impacto quase imperceptível. (Com Renata Veríssimo, da Agência Estado)

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