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Alta da Selic puxa para cima juros ao consumidor, aponta Procon

Por Agencia Estado
Atualização:

Os juros ao consumidor continuam subindo, aponta a pesquisa mensal do Procon-SP - órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo. A taxa média do empréstimo pessoal, após um ligeiro recuo no final do ano passado, voltou a sinalizar a alta. No cheque especial essa tendência se mostra mais evidente, embora, em ambos os casos, os aumentos sejam de pequena magnitude. Realizada em dez instituições financeiras - HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco -, nos dias 2 e 3 de fevereiro, a pesquisa do Procon apontou que a taxa média para o empréstimo pessoal nos bancos pesquisados foi de 5,25% ao mês, superior ao mês anterior, que foi de 5,22% ao mês. Ao ano, a taxa equivalente é de 84,68%. As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram no Banco do Brasil (alterou de 4,59% para 4,75% ao mês); HSBC (alterou de 5,10% para 5,15% ao mês); e Unibanco (alterou de 5,65% para 5,70% ao mês). No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,12% ao mês, superior à do mês anterior, que foi de 8,10% ao mês. Ao ano, a taxa equivalente é de 155,11%. As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram no Banco do Brasil (alterou de 7,73% para 7,89% ao mês); e Caixa Econômica Federal (alterou de 7,45% para 7,48% ao mês). Não houve queda dos juros tanto no empréstimo pessoal quanto no cheque especial. As demais instituições financeiras mantiveram suas taxas em ambas as modalidades. Selic deve continuar em alta Esta tendência de alta dos juros ao consumidor acompanha a elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia. Na reunião de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 0,50 ponto porcentual. Com isso, a Selic passou de 17,75% para 18,25% ao ano. Esta é a quinta vez consecutiva que o Comitê eleva a taxa básica da economia. Em agosto do ano passado, os juros estavam em 16% ao ano e, desde então, já foram elevados em 2,25 pontos porcentuais. O Comitê volta a se reunir nesta semana e a decisão sobre os rumos da Selic deve ser conhecida na quarta-feira. Depois da ata divulgada na última reunião - interpretada como um sinal claro de que o BC continuará elevando os juros básicos para evitar um aumento da inflação -, é unânime entre analistas a aposta de alta da Selic. Dos 46 analistas consultados pela Agência Estado na sexta-feira, 43 previam um aumento de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros, o que levaria a Selic para 18,75% ao ano. Os outros três analistas esperavam uma alta de apenas 0,25 ponto. Para os economistas que esperam um aumento de meio ponto, o BC nunca havia deixado tão claro sobre qual seria o seu próximo passo como na decisão do mês passado. Os economistas que previram um aumento menor, de 0,25 ponto, citaram a queda do dólar e a desaceleração da atividade econômica como acontecimentos que podem levar o BC a reduzir a intensidade de alta dos juros.

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