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Alta de alimentos é transitória e já está cedendo, diz Coutinho

Para presidente do BNDES, BC tem sido competente contra a inflação

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, avalia que a alta da inflação dos alimentos é causada por ''''fatores transitórios'''' e por pressões internacionais. ''''Essas tensões parecem estar já arrefecendo'''', disse. Segundo Coutinho, é atribuição do Banco Central (BC) cuidar do assunto. Ele evitou maiores comentários sobre a taxa básica de juros e disse que o BC ''''tem sido muito competente em manter a inflação sob controle''''. O economista ressaltou que o investimento vem crescendo bem mais do que o Produto Interno Bruto (PIB). Esse é um fator benéfico para manter a inflação baixa no longo prazo. O aumento do investimento em altas taxas, como vem ocorrendo, segundo Coutinho, ''''garante a criação de oferta de forma acelerada, previne a formação de gargalos, e dá sustentabilidade''''. O presidente do BNDES participou ontem de sessão especial do Fórum Nacional, promovido pelo ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, na sede do banco. Em sua apresentação no evento, ele destacou que ''''é preciso persistir nas políticas de redução da desigualdade e de criação de oportunidades''''. Entre elas, destacou a importância da educação. Coutinho também afirmou que a tarefa de reduzir a desigualdade e aumentar a inclusão social é mais fácil no contexto de crescimento sustentável da economia. Segundo ele, o emprego, a massa salarial e a inclusão social estão aumentando e a desigualdade está diminuindo. Mesmo assim, destacou, a desigualdade ''''ainda é muito grande'''' no Brasil. O presidente do banco contou ainda que a instituição está fazendo um acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para financiar a renovação do sistema do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e apoiar a formação de mão-de-obra qualificada. O banco também tem interesse em ajudar o setor privado para evitar a carência de profissionais de áreas como engenharia, tecnologia e geologia.

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