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Alta do álcool não diminui procura por bicombustíveis

A medida do governo que reduz a percentagem de álcool anidro na gasolina de 25% para 20% fez com que o preço do álcool aumentasse, mas não afastou o consumidor que procura automóveis bicombustíveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

A procura por veículos bicombustíveis (movidos a álcool e gasolina) não diminuiu, apesar dos aumentos no preço do álcool combustível. O gerente da concessionária Chevrolet Viamar, Paulo Franco, afirma que as vendas de carros zero com esta tecnologia não caíram nos últimos dias e não há sinal de que isso ocorrerá. O mesmo diz o gerente de vendas da concessionária Caraigá, da Volkswagen, Márcio José Silva. "A percepção do cliente é que ele vai sofrer tanto com o aumento do preço do álcool quanto com o da gasolina. O importante é ter mais de uma opção, porque no futuro a situação pode mudar", diz Márcio Silva. Segundo Paulo Franco, os veículos flex já respondem por 95% das vendas de carro zero da Viamar. "A tendência é chegar a 100%." Na avaliação de Franco, o consumidor ainda está optando por abastecer o motor com álcool, que continua mais em conta, apesar da escalada de preços. Na quarta-feira, quando começou a vigorar a medida do governo federal que reduz a percentagem de álcool anidro na gasolina de 25% para 20%, o preço do litro do álcool nos postos disparou em São Paulo, passando de R$ 1,70 para até R$ 1,99/litro, em alguns casos. De acordo com Franco, compensa para o motorista abastecer com álcool quando o preço estiver em torno de 70% do valor da gasolina. "Isso ainda está acontecendo." O preço da gasolina nos postos paulistanos varia de R$ 2,30 a R$ 2,50. A participação dos veículos bicombustíveis sobre o total das vendas de veículos zero cresce mês a mês. Segundo o último número divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a fatia dos flex atingiu 72,8% do total de carros licenciados em janeiro, um crescimento de quatro pontos frente a dezembro (68,6%).

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