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No Relatório de Inflação, BC destaca avanço do desemprego

Box sobre mercado de trabalho ressalta a dificuldade do trabalhador em encontrar emprego

Foto do author Adriana Fernandes
Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Adriana Fernandes , Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Em estudo sobre o mercado de trabalho no Brasil, o Banco Central (BC) destacou que o aumento da taxa de desemprego está relacionado à elevação do fluxo de ocupados que não conseguem permanecer no mercado de trabalho e ao crescimento do fluxo de indivíduos provenientes de fora da força de trabalho que não conseguem encontrar emprego. Também tem influência a diminuição do fluxo de desocupados que conseguiram encontrar trabalho nas comparações trimestrais feitas nos últimos quatro anos.

Também tem influência a diminuição do fluxo de desocupados que encontraram emprego no trimestre subsequente Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã desta quinta-feira, 22, o BC incluiu box que traz a evolução das taxas de transição entre as diversas categorias populacionais que contribuíram para o crescimento da taxa de desocupação no Brasil.

Em outro box, o BC analisa os fatores que determinam o comportamento da inflação de bens industriais. De acordo com a instituição, os resultados sugerem que a dinâmica desinflacionária em curso na economia brasileira deverá ser observada também na inflação do subgrupo de bens industriais.

Em um terceiro box, o BC analisa comportamento recente das expectativas de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o levantamento sistemático feito pela pesquisa Focus. São expectativas de cerca de 80 instituições. O trabalho traz a evolução das medianas das expectativas de mercado para a variação do PIB de 2016 e 2017, desde a data de divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, 31 de agosto, até 14 de dezembro.

Observou-se que a queda nas expectativas medianas para o crescimento do PIB em 2017 se acentua a partir de meados de outubro, acompanhando a deterioração mais forte das expectativas para o crescimento de 2016. Já para as expectativas do PIB de 2017 e 2018, no mesmo período, foi verificado que o crescimento projetado do PIB em 2018 deteriorou-se apenas após a divulgação do PIB do terceiro trimestre.

Para 2016, as instituições que diminuíram suas projeções foram tipicamente as que estavam mais otimistas no início do período, ocorrendo o inverso para as mais pessimistas. Para o ano corrente, é natural que as instituições convirjam suas projeções com o passar do tempo e maior disponibilidade de informação, diz o BC no box.

Segundo o BC, esse padrão é menos visível para 2017, ainda que marginalmente perceptível para as instituições que diminuíram suas projeções - estas eram ligeiramente mais otimistas no início do período. Para 2018, entretanto, não há padrão. Nesse caso, apenas cerca de 54% das instituições que tinham projeções válidas no período revisaram suas expectativas para 2018. 

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