
01 de outubro de 2015 | 12h15
"Observa-se que parte significativa da dívida vinculada a moeda estrangeira refere-se a empresas exportadoras, que possuem hedge natural relativo à sua atividade operacional, a companhias que utilizam o mercado de derivativos local para proteger suas exposições, a corporações que pertencem a um grupo econômico com sede no exterior, o que aumentaria a possibilidade de suporte financeiro intragrupo, e, ainda, a firmas com ativos no exterior em montante relevante, que possam compensar ou justificar economicamente a exposição em moeda estrangeira", citou o documento.
O grupo de devedores que não possui proteção cambial relevante e conhecida é restrito, de acordo com o REF. A exposição em moeda estrangeira dessas empresas aumentou de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro de 2014 para 3,3% em junho de 2015, refletindo a desvalorização do real no período.
Para esse grupo de empresas não exportadoras, sem hedge financeiro identificado, sem suporte intragrupo e sem ativos no exterior, o impacto da variação cambial em suas dívidas pode resultar em fragilidade financeira, de acordo com o BC. Ainda que até o momento não tenha se traduzido em aumento de sua inadimplência no SFN, trata-se de situação "continuamente monitorada" pela instituição, trouxe o REF.
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