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Alta do petróleo influencia mercado

Petróleo segue em alta no mercado internacional, preocupando os investidores no Brasil. A Bolsa está em queda de 0,69%. Juros e dólar estão em alta. O investidor deve aguardar a volta da estabilidade para tomar decisões sobre seus investimentos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O preço do petróleo voltou a subir hoje no início da manhã. Há pouco, o barril do tipo Brent para entrega em novembro era negociado a US$ 34,53 - uma alta de 0,91% em relação ao fechamento de ontem. Operadores acreditam em um dia de instabilidade e oscilações no mercado financeiro, por conta das incertezas em relação ao preço do petróleo. No cenário interno, o dia começou com a divulgação da segunda prévia de setembro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), vinculada à USP, que ficou em 0,74%. Na primeira prévia do mês, o resultado registrado foi de 1,17%. Apesar da notícia positiva, indicando o recuo da inflação, o mercado financeiro brasileiro deve ficar muito mais vinculado ao cenário externo hoje do que aos bons indicadores internos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa de 0,11% e há pouco operava em queda de 0,69%. Além do cenário para o preço do petróleo, também o desempenho da Nasdaq - bolsa que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet nos Estados Unidos - pode influenciar o mercado acionário brasileiro. No início da manhã, a bolsa eletrônica norte-americana registrava alta de 0,18%. O dólar abre o dia com tendência de alta. Há pouco estava cotado a R$ 1,8540 na ponta de venda dos negócios - uma alta de 0,11% em relação ao últimos negócios de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 17,420% ao ano, frente a 17,350% ao ano registrados ontem no final do dia. Copom decide hoje rumos da Selic O Comitê de Política Monetária (Copom) divulga hoje sua reavaliação da taxa básica de juros - Selic. A maioria dos analistas acredita em manutenção da taxa em 16,5% ao ano, com viés neutro, ou seja, a taxa poderia ser alterada apenas na próxima reunião do Comitê, em 17 e 18 de outubro. O principal motivo para a cautela, segundo os analistas, é a incerteza em relação ao preço do petróleo. Cautela é a recomendação para os investidores Para os investidores, essa postura de cautela também deve ser adotada na hora do planejamento de seus investimentos. Como não há nenhuma certeza em relação ao preço do petróleo, o governo pode ser obrigado a elevar o preço dos combustíveis no final do ano, caso o preço do barril fique acima de US$ 35,00. Com isso, para conter os índices de inflação, o Copom seria mais conservador e poderia manter a Selic em 16,5% ao ano até o final de 2000. Porém, não há nenhuma certeza quanto a isso. De acordo com Ricardo Amorim, economista-sênior do BankBoston, o preço do barril do petróleo deve ficar entre US$ 30,00 e US$ 35,00 no final do ano e isso possibilitaria nova redução na Selic. "Desde que o preço não esteja em elevação e fique estabilizado em um patamar inferior ao atual, os juros podem chegar a 16% ao ano no final de 2000", explica. O investidor deve aguardar uma definição do cenário, tanto externo quanto interno, para tomar decisões em relação às suas aplicações. Só a partir daí, será possível rever estratégias de investimento. Isso significa que migrar de uma aplicação para outra agora pode ser um mau negócio. O investidor pode perder dinheiro e, em um cenário de oscilações como o atual, é mais difícil reaver o capital perdido.

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