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Alta do petróleo não terá grande reflexo no Brasil, diz Levy

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, disse hoje que o Brasil não deverá enfrentar grandes dificuldades com a elevação nas cotações dos preços do petróleo como outras economias do mundo. Para o secretário, desde o ano passado o País vem conseguindo reduzir a vulnerabilidade a choques externos e este comportamento será mantido. "Não temos problemas na balança de pagamentos do petróleo, de modo que estas oscilações deverão trazer algum desconforto, mas não trarão grandes dificuldades", disse. Levy proferiu hoje uma palestra a representantes do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças em Minas Gerais (Ibef-MG), onde demonstrou que o governo brasileiro já passou da fase de gerenciamento de crise econômica, para começar a atingir o crescimento da atividade em uma trajetória segura. Conforme o secretário, o upgrade no rating da dívida brasileira, que vem sendo cogitado pelo mercado, deverá acontecer no "tempo próprio". Este momento, segundo explicou, é difícil de ser definido, uma vez que a avaliação dos países pelas agências de classificação de risco não contempla as análises em termos de estrutura sócio-econômica, tributária e fiscal de países em desenvolvimento como o Brasil. De qualquer forma, Joaquim Levy assegurou que o governo brasileiro deverá finalizar a emissão soberana prevista para este ano, devendo lançar o restante de US$ 1,5 bilhão até o final de 2004. "Esta é a nossa meta, mas cada coisa tem seu tempo", disse. Ao ser questionado sobre informações divulgadas hoje na imprensa de que o PIB brasileiro teria crescido entre 4,5% e 5% no primeiro semestre, Levy afirmou apenas que ainda não há decisão em alterar as previsões oficiais de crescimento econômico para este ano, estimada em 3,5%. "Vamos avaliar e reavaliar os dados", disse.

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