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Alta dos combustíveis provoca protestos ao redor do mundo

Crise chega à América Latina e caminhoneiros da Colômbia decidem aderir à onda de greves

Por Agências internacionais
Atualização:

Protestos contra o aumento dos preços da gasolina levaram temores de instabilidade política e de uma turbulência econômica global a países da Europa e Ásia nesta segunda-feira, 16. A crise também chegou à América Latina e caminhoneiros da Colômbia decidiram aderir à onda de greves.   Veja também: Preço do petróleo em alta Apesar do anúncio saudita, petróleo bate recorde a US$ 139,89   O presidente colombiano, Álvaro Uribe, se reunirá nesta segunda com os representantes de mais de 100 mil caminhoneiros que iniciaram a greve por tempo indefinido, segundo confirmação do ministro dos Transportes do país, Andrés Uriel Gallego.   O presidente da Associação Colombiana de Caminhoneiros (ACC), Nemesio Castillo, disse que a instituição enfrenta "problemas preocupantes", como os "custos de operação" que já superam os pagamentos recebidos, devido à alta dos preços do petróleo. O diretor-executivo da ACC, Jorge Ignacio García, explicou que, atualmente, milhares de caminhoneiros estão trabalhando com prejuízo.   No Reino Unido, cerca de 49% dos postos da Shell estão sendo afetados pela falta de combustível causada pela greve dos motoristas de caminhões-tanque, informou a companhia. Num comunicado por e-mail, a empresa disse que 282 dos 585 postos da empresa no Reino Unido registram a falta de gasolina ou de óleo diesel.   "Isso não significa que estes locais estejam fechados", afirmou a empresa. Mas a oferta de diesel e gasolina foi seriamente prejudicada, acrescentou. Os motoristas dos caminhões-tanque entraram numa disputa acerca dos pagamentos realizados por duas grandes transportadoras britânicas e iniciaram uma greve de quatro dias na última sexta-feira.   Na Espanha, uma trégua. As associações Fenadismer, Antid e Cofedetrans anunciaram nesta segunda a suspensão temporária da greve contra o aumento do preço do petróleo convocada pelas empresas do setor de transporte, que começou no último dia 9.   As três organizações que suspenderam o protesto assinaram um comunicado no qual disseram manter a vontade de dialogar para buscar soluções no setor e acrescentaram que estão dispostos a efetuar outras ações que serão anunciadas nos próximos dias.   Na Coréia do Sul, trabalhadores da construção civil se uniram aos milhares de motoristas de caminhão que estavam em greve contra os preços dos combustíveis. Após realizarem uma greve na semana passada, caminhoneiros tailandeses também ameaçam realizar uma nova paralisação.

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