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Aluguel tem maior alta em SP desde 1997

Cobrança média na cidade não avançava tanto há mais de 16 anos, apontam dados da Fipe

Por Flavio Leonel e da Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostra que o valor médio do aluguel residencial na cidade de São Paulo avançou 1,28% na terceira quadrissemana de junho. A variação não apenas superou a de 0,87% da segunda quadrissemana do mês como atingiu o maior nível desde a segunda quadrissemana de março de 1997, quando a alta foi de 1,38%.

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A elevação média do aluguel na capital paulista ficou bem acima da inflação registrada pelo IPC, de 0,30% (ante 0,18% da segunda quadrissemana do mês). Foi também decisiva para fazer com que o grupo Habitação saísse de uma alta de 0,16% na terceira quadrissemana para uma variação de 0,34% na pesquisa seguinte.

Na primeira quadrissemana de junho, o valor médio do aluguel já havia superado uma marca importante. Na ocasião, o avanço de 0,90% tinha representado a variação mais forte desde a primeira quadrissemana de setembro de 1997 (0,95%).

Entre as modalidades de aluguel residencial pesquisadas pela Fipe na terceira quadrissemana de junho de 2013, os destaques de alta ficaram para o valor cobrado para apartamentos de um dormitório e para casas de dois dormitórios, ambos com variação de 1,35%. Na segunda leitura do mês, as variações desses itens haviam sido de 1,28% e de 0,84%, respectivamente.

Para casa de um dormitório, a elevação no valor cobrado passou de 0,89% para 1,32% entre a segunda e a terceira quadrissemana de junho. Quanto à casa de três dormitórios, a alta passou de 0,65% para 1,00%. Para o aluguel de apartamento de dois dormitórios, o avanço passou de 0,93% para 1,01%.

No grupo Habitação do IPC, a Fipe também chamou a atenção para o item água e esgoto, cuja alta passou de 1,82% para 1,64%, nível considerado ainda elevado, refletindo reajuste recente da Sabesp que vai perdendo força. Quanto ao item energia elétrica, a diminuição dos impactos referentes às reduções de PIS/Cofins está cada vez mais nítida, com a queda entre a segunda e a terceira leitura do mês passando de 1,47% para 0,64%.

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