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Amaral defende pé no freio se Alca trouxer mais perda que ganho

O ministro concordou com a posição do futuro governo petista que, segundo o senador eleito Aloizio Mercadante, jogará duro com os Estados Unidos nas relações internacionais de comércio. "Acho certo e nós estamos fazendo isso", afirmou.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, defendeu hoje em São Paulo que o governo brasileiro tem que colocar "o pé no freio" nas negociações da Alca se concluir que terá mais prejuízos do que ganhos com a formação da área de livre comércio. "Se no processo (de negociação) percebermos que há o risco de cedermos mais do que ganharmos, temos que colocar o pé no freio", disse Amaral na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde o Ministério realiza o seminário "O Impacto do Nafta na Economia Mexicana". O ministro concordou com posição do futuro governo petista, que, segundo o senador eleito Aloizio Mercadante, jogará duro com os Estados Unidos nas relações internacionais de comércio. "Acho certo e nós estamos fazendo isso", garantiu. "Em Quito (7ª Reunião Ministerial, que terminou em 1º deste mês), o Brasil foi muito duro com relação ao tema central, de que é necessário não só equilíbrio nos resultados da Alca mas também no processo de negociação", continuou. Amaral disse que o Brasil tem, sim, condições de zelar pela igualdade nas negociações. Mas ressaltou que o próximo governo, assim como o atual, não terá facilidade para negociar. "Negociação comercial nunca é fácil para governo nenhum", avaliou. Amaral disse ainda acreditar que a Alca é possível e que um dos principais entraves continua sendo a posição dos EUA em relação aos produtos considerados sensíveis por eles. "São produtos em que eles não são competitivos e não querem abrir mão do protecionismo. E é justamente nesses produtos, do agronegócio, que o Brasil é mais competitivo", disse. Amaral acredita que o governo do PT deveria primeiro tomar ciência de todas as informações sobre o processo de negociações para depois decidir se o prazo de entrega das listas de produtos, 15 de fevereiro, é suficiente ou não. "Até porque a negociação começa para valer em 15 de julho, que é a data do processo de negociação de substância, quando são feitas as trocas de ofertas e demandas.?

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