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AmBev é considerada a melhor para acionistas

O primeiro lugar no Ranking Agência Estado/Economática no primeiro trimestre de 2001 ficou com a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev). Ao todo, foram avaliadas 153 empresas.

Por Agencia Estado
Atualização:

A AmBev foi eleita a melhor companhia para os acionistas, num levantamento que contou com 153 empresas e observou critérios de rentabilidade e desempenho. Com uma metodologia desenvolvida exclusivamente para essa iniciativa, o ranking tem como objetivo incentivar as práticas de transparência com investidores e governança corporativa no mercado de capitais brasileiro. O segundo lugar ficou com a Vale do Rio Doce que está aparecendo pela segunda vez no ranking. No ano passado, a Vale ficou em terceiro lugar. "As vencedoras são empresas bem conceituadas no mercado", afirmou o presidente da Economática, Fernando Exel. Para ele, o resultado demonstra que as companhias de grande porte estão mostrando melhores resultados. "No passado, ser grande não era sinônimo de ser vencedora." Complementam a lista das dez melhores do trimestre a Geração Tietê, Comgás, Embraer, CRT Celular, Souza Cruz, Itaú, Cimento Itaú e Pão de Açúcar. "Os investidores e a comunidade financeira estão vendo de fato os ganhos de sinergias que podem ser obtidos pela AmBev", afirmou o diretor-financeiro, Luiz Felipe Dutra. Depois da fusão, empresa reverteu prejuízo Quando a fusão entre Brahma e Antarctica foi anunciada, em julho de 1999, a nova companhia acenou com a possibilidade de economizar R$ 500 milhões por ano. Um longo caminho seguiu-se até a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que só saiu em março do ano passado. Agora, com as operações já em sintonia, a maior empresa de bebidas do País pôde mostrar ao mercado um lucro de R$ 245,305 milhões no primeiro trimestre, resultado que reverte o prejuízo de R$ 81,578 milhões amargado no mesmo período de 2000. O comportamento das ações da AmBev contribuiu para que a empresa ocupasse o primeiro lugar no Ranking Agência Estado/Economática. A alta foi de 7,45%, ante uma desvalorização de 5,38% do Ibovespa. "O desempenho das ações está diretamente associado ao crescimento futuro que os investidores estão vendo na companhia." A sede da AmBev é o mercado de bebidas da América Latina. A empresa detém 50% do mercado de cervejas do Uruguai, 16,7% da Argentina e 7% do Paraguai. "Existem muitas oportunidades na América Latina devido à similaridade cultural e estrutura de produção." Segundo Dutra, a AmBev se sente "confortável" na região, além de acreditar na capacidade de replicar a eficiência adquirida no Brasil. Tanto que as aquisições vêm se sucedendo: em setembro do ano passado comprou a Salus, do Uruguai; no início do ano levou a Paysandú, no mesmo país; e mais recentemente arrematou a paraguaia Cerveceria Internacional. Ele acredita que o mercado de cerveja deve passar por uma concentração muito grande. "Devem ficar três ou quatro grandes grupos e a AmBev será um deles."

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