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Ambev faz parceria com a FNM para a compra de mil caminhões elétricos

Fabricante de bebidas já tinha um acordo de intenção de compra de 1,6 mil caminhões elétricos da Volkswagen; iniciativa faz parte de plano da Ambev para reduzir em 25% a emissão de CO2 em cinco anos

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Atualização:

A Ambev fechou mais uma parceria para a compra de mil vans e caminhões elétricos, desta vez com a Fábrica Nacional de Mobilidade (FNM), startup que em 2019 foi uma das finalistas da primeira edição do programa Aceleradora 100+ da Ambev, com esse projeto. Hoje a empresa produz veículos em área exclusiva na fábrica da Agrale em Caxias do Sul (RS).

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As empresas não divulgaram dados de investimento. A fabricante de bebidas já tinha um acordo de intenção de compra de 1,6 mil caminhões elétricos da Volkswagen Caminhões e Ônibus. A produção das primeiras 100 unidades começará no segundo semestre na fábrica da montadora em Resende (RJ)

Os dois projetos estabelecem o fim de 2023 como prazo de entrega de todos os veículos, ano em que a Ambev pretende ter a maior parte da frota de distribuição (hoje de 5,3 mil veículos) movida a energia limpa. Segundo a companhia, esta é mais uma iniciativa para reduzir em 25% a emissão de CO2 em toda sua cadeia em cinco anos, compromisso assumido em 2018.

Caminhão elétrico feito pela FNM para a fabricante de bebidas Ambev. Foto: FNM/Divulgação

FNM tem entre seus sócios os empresários Malena Hierneis, Celso Santos, Marco Rozo, José Antonio Martins, Alberto Martins, José Antonio Fernandes Martins (um dos acionistas da Marcopolo) e Ricardo Machado é o presidente. A empresa tem contrato de cooperação técnica e industrial com a Agrale, empresa brasileira que produz comerciais leves, caminhões e ônibus há quase 60 anos.

Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, afirma ser “motivo de orgulho ver o projeto de uma startup brasileira se concretizar”. Segundo ele, é uma inovação que surgiu no Brasil, com muitas colaborações e parcerias e que resultou em um veículo com tecnologias de ponta que também poderá ser exportado para outros países e outras empresas interessadas.

Menos poluentes

De acordo com os fabricantes, cada caminhão elétrico da FNM com capacidade para 18 toneladas de carga deixará de emitir 126 mil quilos de CO2 por ano. A Ambev recebeu dois caminhões para testes e a produção em série começa em fevereiro ou março. Eles têm autonomia programada para rodar 100 Km sem reabastecimento, mas podem chegar a 500 km. A recarga será feita em até quatro horas por carregadores instalados nos centros de distribuição da Ambev, que operam também com energia solar.

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Os caminhões serão conectados aos sistemas de TI da Ambev, que fornecerão em tempo real dados de rota, performance, informações de trânsito e trajetos. Os veículos são equipados como sistema anticolisão com inteligência artificial e câmeras integradas.

Machado explica que os veículos serão produzidos de acordo com as necessidades do cliente em modelo de negócio baseado em contratos de pré-venda, com planilha aberta e pagamento antecipado. Foi ele quem adquiriu o direito de uso da marca FNM, mais conhecida como Fenemê, sigla da tradicional marca de caminhões Fábrica Nacional de Motores, que fechou as portas há 40 anos. O empresário também preside a Obvio!, empresa que há vários anos trabalha no desenvolvimento de minicarro elétrico no País.

Fornecedores

O presidente da Agrale, Hugo Zattera, ressalta que, em 2019, quando firmou parceria com a FNM, uniu a experiência da produção de caminhões da empresa com a tecnologia de tração elétrica de ponta da FNM. O grupo tem quatro unidades industriais que produzem também tratores, chassis para ônibus, veículos escolares, motores, grupos geradores, motocicletas e ciclomotores.

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Os veículos da FNM serão equipados com motores de alta performance importados da americana Danfoss Editron e baterias modulares da Octillion Power Systems, com sede na Califórnia. A empresa vai instalar uma unidade ao lado da linha de produção da FNM inicialmente para montar as baterias com peças trazidas dos EUA. A intenção é produzir o equipamento localmente no futuro.

De acordo com Machado, após dez anos de uso, os módulos de bateria poderão ser utilizados para outros fins, como acumuladores para sistemas de captação fotovoltaicos. Os veículos já sairão de fábrica com baús de carga produzidos e instalados pela brasileira Randon de acordo com as necessidades dos clientes.