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AmBev: minoritários reclamam

A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) decidiu fechar o capital de suas subsidiárias, deixando de negociar suas ações na Bolsa. Para isso, ela recomprará as ações dos acionistas minoritários.

Por Agencia Estado
Atualização:

A AmBev vai pagar R$ 2,22 pelos papéis ordinários - com direito a voto - e R$ 2,65 pelos preferenciais - sem direito a voto - da Polar em circulação no mercado. No entanto, um laudo de avaliação econômica do Grupo Antarctica, elaborado a pedido da própria empresa, mostrou que as ações valem mais do que isso. A Agência Estado teve acesso ao laudo, elaborado pela Apsis Consultoria Empresarial, em junho do ano passado. O estudo avaliou a Polar em R$ 410,447 milhões, o que representa um valor de R$ 4,42 por ação, mais de 60% acima do preço proposto no fechamento de capital. Justificativas da empresa A AmBev alega que o laudo da Apsis não é a melhor referência para a avaliação das subsidiárias. Isso porque o estudo tinha o objetivo específico de apurar o valor da Antarctica Paulista, para estabelecer o preço do direito de retirada - de R$ 43,79. Como a Paulista foi incorporada pela AmBev , os minoritários puderam optar entre receber ações da nova empresa ou exercer o direito de retirada, ou seja, entregar as ações que detinham, recebendo a quantia em dinheiro. Segundo ele, no laudo foram feitas simplificações que distorcem os valores das subsidiárias, sem prejuízo do valor consolidado. Dutra também afirmou que o laudo está desatualizado, já que foi realizado no ano passado, com base nos resultados de 1998. Ele lembrou que o ano de 1999 foi crítico para as companhias do grupo. A geração operacional de caixa passou de R$ 200 milhões em 1998 para R$ 80 milhões no ano passado. A Apsis estimou que a Antarctica Paulista deve ter uma receita líquida de R$ 503 milhões em 2000, com prejuízo de R$ 15 milhões. Pelas estimativas, a receita será crescente até 2003, quando atingirá R$ 615 milhões.

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