
24 de março de 2014 | 02h06
Aberto em junho do ano passado, o processo tem relação com a assembleia-geral extraordinária (AGE) realizada em dezembro de 2012 pela Eletrobrás, controlada da União. A reunião foi convocada para decidir se a elétrica deveria aderir à renovação das concessões do setor nos termos da medida provisória 579, permitindo ao governo reduzir as tarifas de energia.
Na época, minoritários da elétrica recorreram à CVM para tentar impedir o voto da União por conflito de interesses. Os acionistas argumentavam que a controladora não era isenta para votar sobre a adesão da Eletrobrás às novas condições, estabelecidas pelo próprio governo. A xerife do mercado de capitais decidiu manter a assembleia e o voto da União. Na AGE, a Eletrobrás acabou aprovando o pacote de redução de tarifas de energia, que levou à perda de receitas pela companhia.
Agora, o conselho da Amec decidiu se manifestar para que a CVM rejeite o termo de compromisso proposto pela União e leve o processo até o fim. A manifestação da CVM é importante para servir de orientação ao mercado e criar um posicionamento sobre o conflito de interesses do controlador em empresas de economia mista, como Eletrobrás. A carta assinada pelo presidente da Amec, Mauro Cunha, será entregue hoje ao presidente da CVM, Leonardo Pereira.
A Fundação Fisk, que tem mais de mil escolas de inglês espalhadas por seis países (somando com a bandeira PBF), vai abrir sua segunda franquia em Angola. A cidade escolhida foi Luanda. "É uma região que está progredindo muito", diz Bruno Caravati, presidente da Fundação Fisk. A outra unidade no país fica em Huambo, a 600 quilômetros da capital. Em conversa com o Estado, Caravati falou sobre a África e o desafio de expandir o grupo no Brasil.
Por que Angola?
Os angolanos estão muito interessados em aprender uma segunda língua e melhorar o padrão de vida cada vez mais, assim como os brasileiros. Além disso, lá, o mercado não tem tantas opções de escolas de inglês como no Brasil. Lugar nenhum no mundo tem, aliás. Nosso País é pródigo em ter escolas de inglês.
Há outras regiões na mira da rede?
Estamos num namoro, quase perto do noivado com o Chile. Mas não posso adiantar. (A rede já tem uma unidade em Santiago).
O foco de vocês agora é a internacionalização?
Não. Nosso foco é aqui. Os mercados fora do Brasil são difíceis. Tem que estar com o pé muito no chão para ir a um desses lugares. Nós já temos uma meta traçada há mais de oito anos de abrirmos 50 unidades novas anualmente no País. E temos conseguido isso.
Mas o mercado está agitado. A Pearson comprou o Multi (Wizard e Yázigi), a Abril Educação levou o Wise Up... Como enfrentá-los?
A Pearson tentou comprar a gente primeiro, né? Mas não temos interesse em vender. A melhor estratégia é oferecer o melhor serviço. Esse pessoal que vem com muito dinheiro vai tentar abocanhar o máximo possível, mas nós vamos continuar o nosso caminho.
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