PUBLICIDADE

América Latina melhorou abertura comercial, diz Banco Mundial

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A América Latina possui uma política comercial relativamente aberta, alinhada com os demais países em desenvolvimento, e melhorou seu desempenho nos últimos anos, afirmou na terça-feira o Banco Mundial, em um novo relatório. No documento intitulado "Indicadores do Comércio 2008", o banco sublinha que, na região latino-americana, o Haiti consta no grupo dos dez países que menos barreiras impõem às importações, ao lado de nações como a Geórgia e a Armênia, enquanto outros adotaram tratados comerciais responsáveis por ajudar a tornar mais aberta sua política comercial. A maioria dos países da região deveria, no entanto, abrir mais seu setor de serviços, disse o banco, argumentando que outros países de porte médio do mundo mantêm políticas melhores nesse âmbito. Os tratados de livre comércio (TLC), como os negociados nos últimos anos pelo México, por países da América Central, Chile, Colômbia, entre outros, podem ter contribuído para o cenário positivo, afirmou o estudo. "Apesar disso, esses países podem ter liberalizado mais do que o indicado na área (de serviços), devido a seus Tratados de Livre Comércio", ponderou o informe. O Chile lidera a lista regional em termos de adoção de um bom regime de tarifas alfandegárias, já que seu sistema possui um padrão "uniforme e bem estruturado", diz o organismo multilateral. Ao mesmo tempo, alguns países da América Latina ainda usam, com mais frequência que outras regiões, barreiras não-alfandegárias para proteger seus mercados internos, observou. "Os maiores países da região, como o Brasil e o México, são os que possuem a tendência de ser mais restritivos ao elaborar medidas não-alfandegárias", acrescentou o relatório. Os dados foram compilados pelo Banco Mundial em 210 países. O Oriente Médio, o norte da África, o sul da Ásia e a África subsaariana são as regiões do mundo em desenvolvimento com as tarifas alfandegárias mais altas, disse a entidade. A melhora do clima institucional interno entre os países mais pobres e melhores logística e infra-estrutura poderiam ajudar a aumentar e a diversificar suas exportações, acrescentou. "Em uma economia global, o comércio encontra-se no centro do desenvolvimento," afirmou Danny Leipider, vice-presidente da área de redução da pobreza e administração econômica do banco. "O fundamental é que os países adotem políticas que promovam o comércio e ajudem a aproveitar seus benefícios", acrescentou. Apesar da redução global das barreiras alfandegárias, os países exportadores mais pobres, como grupo, ainda sofrem com a falta de acesso ao mercado para seus produtos pois enfrentam tarifas que são 32 por cento mais altas do que as impostas às nações ricas, afirmou o relatório. (Reportagem de Adriana Garcia)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.