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Américas começam nova rodada da Alca

Por Agencia Estado
Atualização:

Começa nesta terça-feira a reunião do Comitê de Negociação Comercial da Alca, em Trinidad e Tobago, entre diplomatas das três Américas. Para o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, são apenas duas as possibilidades relativas à Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A primeira seria o travamento das negociações, caso não haja disposição dos Estados Unidos em debater subsídios e acesso de produtos agrícolas a seu mercado. A segunda seria uma melhora na oferta dos EUA na mesa de discussões, principalmente depois da frustração da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún. "Com a paralisação das negociações na OMC ficam estabelecidos os obstáculos ao comércio mundial e, neste contexto, tanto os EUA quanto a União Européia podem melhorar seus termos de negociação em acordos regionais e bilaterais." Ele reiterou a posição brasileira em relação às negociações para a Alca, afirmando que sem a negociação agrícola não haverá avanço para a formação do bloco. . Próximos passos De acordo com a avaliação de Rodrigues, o próximo passo na tentativa de abertura do comércio internacional cabe aos países ricos, e a reunião técnica da OMC marcada para 15 de dezembro pode precipitar alguns avanços, principalmente porque a Cláusula de Paz expira em 31 de dezembro. "O fim da Cláusula de Paz representa potencial para uma enxurrada de painéis comerciais na OMC, e os países desenvolvidos podem melhorar as condições de negociação para evitar estes painéis. Eu não duvidaria que uma mini reunião ministerial da OMC seja convocada até o final do ano para discutir uma prorrogação da Cláusula de Paz, e o Brasil estará disposto a ouvir os países desenvolvidos", disse Rodrigues. O governo brasileiro, segundo o ministro, poderá pedir à OMC a abertura de painéis sobre suco de laranja e soja, além dos já solicitados sobre distorções comerciais relativas ao algodão e ao açúcar. Rodrigues disse que o Brasil pretende insistir nos três trilhos de negociação propostos em Cancún, ou seja, acesso a mercados, políticas de apoio interno e estímulo às exportações.

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