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Amorim: Brics são contraponto à ordem econômica

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira, 27, que o grupo de países que formam o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, China e África do Sul) "é um contraponto muito importante" à ordem econômica internacional, que é marcada em várias ocasiões pelos pontos de vista das economias avançadas. "Temos de construir a multipolaridade", afirmou. "Os Brics hoje tem um peso real no FMI (Fundo Monetário Internacional)", disse Amorim, acrescentando que não é fácil que o Fundo adote uma determinada posição se esses cinco países estiverem contra ela.Amorim não concorda com a recente avaliação de Jim O''Neill, criador do então acrônimo Bric, quando era executivo do Goldman Sachs, segundo a qual o único país do grupo que está bem, do ponto de vista econômico, é a China. Segundo o ministro, o Brasil está dando bom encaminhamento ao aprofundamento das relações econômicas entre essas nações. Ele também destacou que o gigante asiático tem boas oportunidades de relacionamento comercial com seus parceiros na medida em que aprofundar o tratamento de temas relevantes, como as questões ambientais.Na área da Defesa, o ministro destacou que a integração entre os Brics não é uma tarefa fácil e que é mais viável que ela ocorra no curto prazo através de acordos bilaterais. Embora ele não tenha manifestado o que há por trás da dificuldade sobre esse tema, há questões geopolíticas importantes envolvendo a China e a Índia.O ministro também fez uma defesa da Unasul e do Mercosul, pois, segundo ele, permitiram que os países da região consolidem o processo de paz, afastando cada vez mais eventuais disputas bélicas e viabilizaram a integração econômica. Amorim também destacou que "não teme" a formação da Aliança do Pacífico, bloco comercial que reúne México, Colômbia, Peru e Chile, pois pode representar boas oportunidades econômicas para o Brasil, dado que o país já tem acesso ao oceano por via rodoviária.Amorim falou em conferência na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. O ministro se recusou a responder perguntas sobre o deslocamento do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz à cidade brasileira de Corumbá (MS). Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa divulgou uma nota sobre a atuação dos fuzileiros navais na viagem do político.

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