PUBLICIDADE

Publicidade

Amorim diz que só negocia com UE depois de conhecer toda oferta

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixou claro hoje que há dificuldades nas negociações nas questões agrícolas para o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia. O ponto que tem dificultado as negociações é a recusa dos negociadores europeus em expor a totalidade de sua oferta ao Mercosul. "Acho que temos de ter condições de avaliar tendo uma visão em conjunto. Não posso avaliar de pouquinho em pouquinho", afirmou o chanceler. O ministro disse que não pretende fazer a negociação por intermédio da imprensa mas revelou que deixou claro ao comissário europeu, Pascal Lamy, que as negociações não terão condições de avançar sem que os negociadores do Mercosul saibam o que significa efetivamente, e com números, a oferta dos europeus. Amorim disse que eles apontaram divergências nas estimativas feitas pelos técnicos latino-americanos e europeus. "Eu disse então que eles deveriam trazer as pessoas que calcularam para mostrar a metodologia e de repente nos convencer". O ministro acrescentou que "agosto é um ótimo mês para refletir" e lembrou que há mais negociações previstas para o início de setembro. "Podemos ter uma conclusão. Agora não adianta oferecer uma coisinha em carne, que aliás foi ruim o que nos foi oferecido, e com isso querer que eu mostre toda a minha oferta. Nossa oferta está na mesa claramente. O que eu quero ver é a deles para fazer uma avaliação", disse Amorim. Suplicy pede um tango A sessão conjunta das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal e da Câmara dos Deputados sofreu um atraso de cerca de 10 minutos porque recebeu a vista da cantora de tango argentina, Cecília Rossetto. O presidente da Comissão no Senado, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), interrompeu a exposição inicial do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para que Cecília cantasse o tango. "Levando em conta que estamos tratando do Mercosul , a senhora poderia cantar uma canção embora não tenha acompanhamento", pediu o senador. A cantora chegou a confessar que estava um pouco constrangida mas ainda assim arriscou alguns versos de tangos da década de 20. Amorim, ao retomar seu depoimento, comentou que seria difícil manter o mesmo nível de interesse dos senadores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.