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Amorim irá a Davos tratar de subsídios agrícolas

Por Agencia Estado
Atualização:

A retomada das negociações da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) será tratada nesta semana, em Davos, em reuniões paralelas às do Fórum Econômico Mundial. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarca na cidade suíça do próximo dia 26 empenhado em discutir como destravar as negociações sobre abertura de mercados agrícolas - especificamente, como pressionar a União Européia a mudar sua posição sobre esse tópico - com os representantes dos Estados Unidos, da Europa, da Índia, da Austrália e da África do Sul. O mesmo grupo reuniu-se várias vezes ao longo do segundo semestre de 2005, o que evitou o fracasso da Conferência Ministerial da OMC em Hong Kong, em dezembro passado. Desta vez, terá de se desdobrar para superar as celeumas geradas nessa mesma conferência, pôr em marcha as negociações e manter o objetivo de concluí-las até o final deste ano. O foco se voltará sobre a resistência de Bruxelas em ampliar sua proposta sobre acesso a mercados agrícola e também sobre seu comissário para o Comércio, Peter Mandelson, o mesmo que protagonizou um papelão em Hong Kong, onde chegou a acusar o Brasil, os Estados Unidos e seus aliados de formar uma "gangue". Mandelson deverá estar presente em Davos. Nas discussões que se darão entre os dias 26 e 29, Amorim terá um papel central por falar em nome do G-20 - a frente de economias em desenvolvimento que exige substancial abertura dos mercados agrícolas, o fim dos subsídios às exportações e a redução das subvenções a produtores agropecuários - e também por seu embate contra as posições de Mandelson em Hong Kong. Amorim terá como aliado o representante de Comércio dos Estados Unidos, Rob Portman. Além do ministro das Relações Exteriores, já confirmaram sua ida a Davos o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não irá nem a Davos, nem ao Fórum Social Mundial em Caracas, na Venezuela.

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