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Amorim: Lula e Morales discutiram preço do gás boliviano

O chanceler brasileiro ressaltou, porém, que o tema envolve assuntos técnicos, que estão sendo detalhados pela Petrobras e pela estatal boliviana YPFB

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou nesta quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente boliviano Evo Morales conversaram a respeito do preço do gás natural fornecido pela Bolívia ao Brasil durante encontra em Brasília. Ele ressaltou, no entanto, que o tema envolve assuntos técnicos, que estão sendo detalhados pela Petrobras e pela estatal boliviana YPFB. Em entrevista coletiva, Amorim destacou que outros assuntos estão sendo discutidos entre os dois governos e deverão figurar entre os acordos que serão assinados às 19 horas. Entre eles está a retomada do projeto do pólo gás-químico de Corumbá, plano que havia sido suspenso pela Petrobras no ano passado, quando Morales anunciou a nacionalização dos recursos minerais de seu país. Além disso, Amorim disse que estão sendo avaliados investimentos conjuntos, como hidrelétricas, cooperação na área rural e um acordo para financiamento de exportação de tratores para Bolívia. O ministro associou o bom resultado das negociações sobre investimentos ao fechamento de um acordo sobre o preço do gás. "É evidente que um bom entendimento sobre o gás é fundamental para a realização de projetos, como esse, do pólo gás-químico. Mas a recíproca também é verdadeira, ou seja, um bom entendimento em questões como essa, ajuda resolver outros problemas", explicou. TermoCuiabá O ministro afirmou também que o preço do gás boliviano pago pela TermoCuiabá é "totalmente desatualizado e totalmente injusto". A usina desembolsa US$ 1,09 por milhão de BTU, bem inferior aos cerca de US$ 4 por milhão de BTU pagos pela Petrobras pelo gás boliviano transportado pelo Gasbol. A TermoCuiabá é uma empresa privada, cujo contrato de abastecimento é distinto do mantido pela Petrobras com os bolivianos. Amorim lembrou que o valor pago pela TermoCuiabá havia sido negociado no passado pela Enron. "Esse preço está sendo corrigido, deverá ser corrigido."

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