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Amorim prevê "lei da selva", caso China reaja às salvaguardas

Vale lembrar, no entanto, que representantes do governo chinês no Brasil já disseram várias vezes que a China reagirá às salvaguardas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que o Brasil continuara a negociar as restrições voluntárias às exportações da China, mesmo com a regulamentação das salvaguardas, publicada hoje no Diário Oficial da União. Amorim disse não acreditar que os chineses retaliarão o Brasil por conta da adoção do mecanismo protecionista. "Não pode haver esse tipo de reação, porque o mecanismo é assegurado pela OMC (Organização Mundial do Comércio). Se houver retaliação, será o mesmo que voltarmos à lei da selva ", afirmou o ministro. Vale lembrar, no entanto, que representantes do governo chinês no Brasil já disseram várias vezes que a China reagirá às salvaguardas. Mas o governo brasileiro argumenta que Estados Unidos, União Européia e Argentina adotaram salvaguardas contra a China e nem por isso foram punidos por Pequim. Esses países continuam a negociar restrições voluntárias contra os chineses. A posição do Itamaraty tem sido a de que seria melhor para o País que não fosse necessário adotar o mecanismo protecionista contra a China. Questionado sobre a posição de seu Ministério no caso, Amorim disse que "o Itamaraty é a favor da aplicação das regras e das negociações, quando estas são possíveis", afirmou. O ministro acredita que a China se manterá como aliada do Brasil, participando do G-20 que negocia a Rodada Doha da OMC. "Não é apenas interesse do Brasil que a China fique no grupo. É interesse dos próprios chineses, pois temos objetivos comuns", ressaltou. Acordo bilateral Sobre o acordo bilateral no qual o País reconhece a China como economia de mercado, Amorim afirmou que a regulamentação dependerá do andamento do conjunto de medidas do memorando de entendimento, que nada tem a ver com as salvaguardas.

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