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Amorim sugere outras fontes de energia e reage a críticas

"Posso fazer uma pergunta a você? O que você quer que eu faça, que invada a Bolívia, que obrigue os bolivianos a colocar no poço o preço do petróleo? Esse não é o nosso método", reagiu

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deixou claro que o governo brasileiro optará por fontes alternativas de abastecimento, caso a Bolívia insista em um aumento do preço do gás natural. Ele se irritou ainda com as críticas feitas ao governo sobre a forma como o assunto foi tratado com a Bolívia. "Posso fazer uma pergunta a você? O que você quer que eu faça, que invada a Bolívia, que obrigue os bolivianos a colocar no poço o preço do petróleo? Esse não é o nosso método", reagiu. Sobre os preços, Amorim acentuou que "há um limite" para os preços do gás importado da Bolívia" e destacou que o produto não pode ser visto como uma commodity mas apenas um insumo "vendido na região para viabilizar atividades da região". "Essas atividades têm de medir os preços que estão dispostas a pagar em função das alternativas de combustíveis que dispõem", afirmou. "Se o preço chegar a um determinado nível, pode tornar-se mais interessante usar óleo combustível ou gás liquefeito de petróleo, dependendo da atividade. Amorim, entretanto, defendeu a reação do governo à decisão da Bolívia de nacionalizar o petróleo e de pressionar pelo aumentos dos preços. E discordou das críticas formuladas por parlamentares e pela imprensa, que considerou "estridente". "É muito fácil reagir com estridência. É mais difícil reagir com sobriedade, procurando resolver os problemas verdadeiros", afirmou ele, defendendo um pouco mais de paciência para com o novo governo boliviano de Evo Morales.

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