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Anac garante realocação de passageiros da Varig

A medida, anunciada nesta sexta-feira, seria, na verdade, uma ampliação do plano de contingência, adotado em 21 de junho. Em Congonhas, situação já se normaliza

Por Agencia Estado
Atualização:

Os passageiros da Varig que tiverem passagens compradas com destino a vôos cancelados estão, a partir desta sexta-feira, com garantia de realocação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo informou neste mesmo dia a VarigLog, nova controladora da companhia, este acordo viabiliza o atendimento a esses clientes por outras empresas. No início da manhã, nos aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, passageiros enfrentavam problemas na hora de trocar os bilhetes com outras companhias aéreas. Por volta das 10 horas, a situação, pelo menos no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já estava normalizada. A medida seria, na verdade, uma ampliação do plano de contingência, adotado em 21 de junho. Por meio deste plano, ficou estipulado que outras companhias assumiriam o transportes dos passageiros da Varig que tivessem seus vôos cancelados - de acordo com a disponibilidade. Desde então, essas companhias também ampliaram a malha de vôos, como forma de atender a demanda, e, a Varig, reduziu em praticamente 60% sua oferta de vôos. A diretoria da Anac se iniciou uma reunião por volta das 10h30 com executivos da Varig e da VarigLog, na sede da companhia aérea, no Rio de Janeiro. O encontro é para discutir casos específicos como os bilhetes Smiles ou como atender passageiros de rotas onde apenas a Varig atuava. A expectativa é de que ainda nesta sexta a Anac divulgue uma nota detalhando o que foi decidido na reunião. Suspensão Segundo anunciou a VarigLog na última quinta-feira, após o arremate da Varig no valor de US$ 500 milhões, até o 28 só serão operados vôos ponte aérea. Isso corresponde à suspensão de 23 dos 25 destinos que vinha operando até esta semana. Com a decisão, a Varig deixou de voar para as 11 cidades que ainda servia no exterior e também para 12 das 14 cidades brasileiras nas quais atuava. Restaram, então, os vôos entre Rio e São Paulo, que foram ampliados de dez para 36 diários. O enxugamento estratégico da malha da Varig foi comunicado por meio de nota, informando que "que os novos controladores querem voltar a oferecer mais opções de horários a seus passageiros" e que isso permitirá à empresa "rapidamente retomar seu crescimento e rentabilidade". Segundo a empresa, a partir do dia 28 as demais rotas, domésticas e internacionais, "serão retomadas gradativamente". Com o plano de estruturação, a Varig deixa de voar no exterior para Miami, Nova York, Frankfurt, Londres, Buenos Aires, Lima, Santa Cruz, Santiago do Chile, Caracas, Aruba e Copenhagen. Já dentro do Brasil, deixam de ser servidas as cidades de Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Natal e Brasília. Com os problemas de frota, a empresa já vinha reduzindo vôos. Até meados do mês passado, a Varig voava para 61 cidades - 36 no Brasil e 25 no exterior -, total que diminuiu para as 25 que eram atendidas. Naquele corte, saiu do mapa dos serviços da companhia alguns destinos tradicionais, como Paris, Lisboa e Milão. Intenção A intenção é que durante esse prazo os novos controladores da Varig façam um levantamento do estado dos aviões da companhia e identifique as rotas mais rentáveis, que serão mantidas. Ainda na quinta, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, informou que a VarigLog tem 30 dias após a homologação da compra pela Justiça para comprovar se tem condições de voltar a operar as rotas que estão paradas. Congonhas A maior parte dos passageiros da Varig cujos vôos partindo do Aeroporto de Congonhas foram cancelados são realocados para outras companhias aéreas sem complicações, segundo informou a reportagem da Rádio Eldorado. Por volta das 10 horas, muitos passageiros tentavam realocação para outras companhias. Nesta gama, estavam pessoas com passagens para a tarde desta sexta e para sábado, que pretendem evitar problemas na hora do embarque. No aeroporto, a ponte opera com três aeronaves, com vôos a cada 40 ou 50 minutos para o Rio de Janeiro.

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