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Analfabetismo cai 46% nas micro e pequenas empresas

Estudo feito pelo Dieese no período de 2001 a 2005 revela que o comércio tem as maiores quedas

Por Pedro Henrique França e da Agência Estado
Atualização:

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), encomendado e divulgado nesta sexta-feira, 28, pelo Sebrae, revela que o índice de analfabetismo dos trabalhadores brasileiros empregados nas micro e pequenas empresas caiu 46% no período de 2001 a 2005. Os dados constam do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa 2007, fruto da parceria entre Sebrae e Dieese.   Por segmentos, o estudo aponta que o setor de comércio registrou as principais quedas no nível de analfabetismo tanto nas micros, com declínio de 61,5%, quanto nas pequenas empresas, onde a baixa foi de 60%. O levantamento inédito mostra ainda que cresceu o número de funcionários com segundo grau de instrução completo. No período analisado, segundo o Dieese, o avanço foi de 65,4%, com acréscimo de pouco mais de 1,723 milhões de trabalhadores.   Tendência já verificada no mercado, as mulheres também vem conquistando espaço nas micro e pequenas empresas. Segundo o Dieese, de 2001 a 2005, a ala feminina cresceu 23,5%, enquanto os homens avançaram menos - 16%.   Em números absolutos, entretanto, a parte masculina continua mais forte. No período analisado, o número de mulheres empregadas nas micro e pequenas empresas subiu de 1,958 milhão para algo em torno de 2,419 milhões. Já os homens, passaram de 3 milhões para 3,494 milhões.   Com relação aos rendimentos, o levantamento aponta pouca alteração na distribuição da massa salarial entre os setores analisados - comércio, indústria, construção civil e serviços. Segundo o Dieese, em 2005 o comércio concentrava 66,7% da massa total de remuneração do setor. O dado é explicado, de acordo com o estudo, "pela grande concentração do emprego setorial nos estabelecimentos deste porte".   O comércio é seguido pela construção civil, com 45,7% da massa de remuneração setorial, serviços (32,9%) e indústria (29,6%).   Já com relação à remuneração, o levantamento informa que, em 2005, as microempresas do setor de construção civil pagavam, em média, R$ 675. É seguido por serviços, com remuneração de R$ 668, indústria (R$ 663) e comércio (R$ 537). Na pequena empresa, os salários mostram-se um pouco mais elevados - de R$ 695, em comércio, a R$ 985, em serviços.   Por regiões do País e considerando todos os setores, o anuário observa que os salários são mais altos no Sudeste, com remuneração média de R$ 663,50. Na seqüência, aparecem as regiões Sul (R$ 646,50), Centro-Oeste (R$ 581), Norte (R$ 503,50) e Nordeste (R$ 466).

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