NOVA YORK - A maioria dos analistas ouvidos pela Dow Jones acredita que o Federal Reserve ainda não está pronto para uma terceira rodada de relaxamento quantitativo (QE3, na sigla em inglês). Para eles, a probabilidade de o Fed agir é muito maior na próxima reunião, programada para 12 e 13 de setembro.
O Departamento do Comércio divulgou na semana passada que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anual de 1,5% no segundo trimestre, abaixo da expansão de 2% registrada no primeiro trimestre, mas acima das estimativas dos analistas, de 1,3%. O resultado provocou uma interpretação dúbia, já que, no caso de uma desaceleração acentuada da atividade, o Fed teria mais justificativas para agir.
De acordo com Kevin Hebner, estrategista do JPMorgan, há menos de 50% de chance de o Fed tomar medidas de estímulo. Ele disse que é mais provável o banco central agir em setembro. Hebner também prevê que, quando o Fed agir, vai anunciar US$ 500 bilhões em novas compras de ativos.
Já o economista Paul Dales, da Capital Economics, afirmou que os últimos dados econômicos dos EUA não vieram tão negativos a ponto de levar o banco central a agir na reunião desta semana. Essa visão é compartilhada pela Nomura Securities.
Também não esperam o anúncio de medidas nesta semana os economistas do Société Générale e o estrategista-chefe econômico Andrew Wilkinson, da Miller Tabak. O Citigroup disse que quem espera por medida agressiva do Fed esta semana acabará por se decepcionar, pois o Fed provavelmente vai esperar mais duas rodadas de dados econômicos e do mercado de trabalho para agir.
O estrategista de moeda Alan Ruskin, do Deutsche Bank, e o economista Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics, também disseram esperar ação do banco central só em setembro. As informações são da Dow Jones.