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Analistas do mercado aumentam pela sexta semana seguida a projeção para a inflação de 2021

De acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, o IPCA deve terminar o ano com alta 3,62%; estimativa para o PIB foi reduzida para avanço de 3,43%

Por Fabrício de Castro
Atualização:

BRASÍLIA - Os economistas do mercado financeiro aumentaram, pela sexta semana seguida, a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta quarta-feira, 17, pelo Banco Central, mostra que a projeção para o IPCA deste ano passou de alta de 3,60% para 3,62%. A estimativa para o índice em 2022 continuou em 3,49%.

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O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. 

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50% e a de 2023, 3,25%, com a mesma margem de 1,5 ponto de tolerância.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Em janeiro, o Comitê Política Monetária do Banco Central manteve a Selic em 2% ao ano. Foto: André Dusek/Estadão - 9/1/2018

Atividade econômica

Os analistas reduziram a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano, de alta de 3,47% para elevação de 3,43%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão de expansão de 2,50% na atividade econômica.

Os economistas seguem prevendo alta na Selic em 2021. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fez sua primeira reunião do ano e manteve a taxa básica de juros em 2% ao ano.

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A expectativa do mercado para a taxa no fim deste ano ficou passou de 3,50% ao ano para 3,75%. Para o fechamento de 2022, a projeção foi mantida em 5% ao ano.

Na reunião de janeiro, o Copom preparou o terreno para uma possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado forward guidance (ou prescrição futura, na tradução do inglês).

Adotado em agosto de 2020, o forward guidance era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação para o consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.

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