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Analistas indicam Petrobras para 2001

Apesar da expectativa de recuo do preço do petróleo no exterior para 2001, analistas recomendam o papel da Petrobras. A análise está fundamentada em projeções de crescimento da produção, expansão do mercado e emissão de papéis nos EUA.

Por Agencia Estado
Atualização:

Analistas de mercado continuam apostando no investimento em papéis da Petrobras e recomendando a compra das ações da empresa. Especialistas reconhecem que 2001 não contará com os dois principais fatores que impulsionaram o papel neste ano: a alta no preço do petróleo e a oferta das ações excedentes do governo federal. Mesmo assim, afirmam que as perspectivas são boas para a companhia. As projeções apontam que as ações devem ter uma valorização entre 46% e 63% no ano que vem. Na opinião desses especialistas, daqui para frente o mote será o crescimento da produção e vendas, além da redução dos custos, que deve compensar a queda no preço internacional do petróleo. Eles já estão considerando um preço médio para a commodity entre US$ 23,00 e US$ 25,00 para fazer as projeções. Emissão de ADRs Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) da empresa também devem beneficiar-se pelo lançamento na Bolsa de Nova York (por meio de recibos denominados American Depositary Receipts - ADRs). Atualmente as ações PN da companhia são negociadas apenas no mercado de balcão americano. Apenas as ordinárias (ON, com direito a voto) estão na Nyse. Para a analista Catarina Pedrosa, do BBVA, isso deve trazer um maior volume de negócios para as ações e atrair o investidor estrangeiro. Ela acredita que a produção da empresa terá um aumento de aproximadamente 4,5% no próximo ano, impulsionada por um crescimento de cerca de 4% na economia do País. Em função desses fatores, Catarina Pedrosa projeta um lucro líquido de R$ 7,4 bilhões para a companhia em 2001, ante lucro estimado de R$ 10,4 bilhões para este ano. Expansão e potencial de crescimento Outro ponto favorável à empresa é a estratégia de expandir a atuação no mercado latino-americano, combinada à parcerias com companhias internacionais, conforme destacou Mônica Araújo, analista da BES Securities. Segundo ela, isso é bastante positivo, pois diminui a dependência da Petrobras do mercado interno que, a partir de 2002, terá o segmento de combustíveis liberado. O Deutsche Bank também está acreditando na expansão da companhia. Em relatório, o analista Carlos de Leon afirma que a empresa tem um potencial de crescimento de produção e vendas de 56% até 2005. Para ele, a performance continuará forte, enfatizando a substituição de importação pela produção própria. Segundo Leon, a empresa deve encerrar este ano com um lucro líquido de US$ 4,7 bilhões e, em 2001, com US$ 4,514 bilhões.

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