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Analistas prevêem alta ainda maior do petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

A maioria dos analistas do mercado de petróleo acredita que o preço do barril do petróleo - que passou dos US$ 64 pela primeira vez nesta terça-feira - ainda não bateu no teto e deve continuar subindo. "Devemos esperar um aumento ainda maior. Ao contrário das crises do petróleo dos últimos 25 anos, a atual vem ocorrendo ao longo de um extenso período de tempo. Além disso, as crises antigas foram decorrentes de interrupções no fornecimento mundial, do temor de uma interrupção. A atual é gerada por uma crescente demanda mundial", afirma Peter Carlin, colaborador do Financial Times e especialista no mercado de petróleo. Há também quem acredite que aumentos irão ocorrer, mas que isso não deve causar calafrios nos mercados mundiais. É o caso de Axel Busch, que comanda o escritório londrino da Energy Intelligence, companhia internacional que presta serviços de assessoria na área energética. "Provavelmente os preços irão aumentar, talvez devido a interrupções no fornecimento de petróleo em locais como Nigéria, Venezuela ou Iraque. Mas, atualmente, o mundo produz 2 milhões de barris a mais do que os 84 milhões de barris que gasta. Portanto, se houver uma crise de fornecimento, ela deverá ser contornada em pouco tempo", afirma Busch. Sem apreensão O analista também diz que ela não é suficiente para gerar apreensão. "A alta de mais de US$ 60 o barril não é tão elevada se comparada com crises petrolíferas anteriores. Nas décadas de 70 e 80, o barril atingiu mais de US$ 40. Isso equivaleria a US$ 120 em valores atuais", afirma Busch. Entre as principais causas apontadas por analistas para a alta do barril estão a onda de violência no Iraque, o risco de atentados na Arábia Saudita e a morte do rei Fahd, bem como a possível adoção de sanções contra o Irã - o segundo maior produtor da Opep, a organização que reúne a maioria dos grandes exportadores do produto.

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