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Analistas prevêem manutenção da Selic em 19%

A aposta dos analistas é de que a Selic permaneça em 19% ao ano, já que as incertezas sobre a economia global não permitem uma redução dos juros. Uma alta da taxa também é pouco esperada.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje será o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Amanhã, o porcentual da taxa básica de juros da economia - Selic - será definido e a maior parte do mercado aposta que o Comitê manterá os juros em 19% ao ano. Num cenário marcado pelas incertezas quanto às conseqüências do atentado terrorista aos EUA sobre a economia global, tudo indica que o Banco Central (BC) vai optar pela cautela, afirmam os analistas. Para o economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-RJ, "não há dúvida" quanto à manutenção da taxa de juros na reunião do Copom desta semana. A desaceleração do nível de atividade poderia sugerir a necessidade de redução dos juros, mas a alta do dólar, que já subiu 36,75% no ano, impede uma queda da Selic. O próprio presidente do BC, Armínio Fraga, disse que "não há folga" para reduzir as taxas. Mas uma alta da Selic tampouco parece provável. O economista Roberto Padovani, da Tendências Consultoria Integrada, entende que uma elevação dos juros não seguraria o dólar, uma vez que a pressão sobre o câmbio não se deve à diferença entre as taxas internas e externas. "Além disso, a redução dos juros pelo Fed já aumenta essa diferença sem que o Copom eleve a Selic." Padovani diz que, no momento, a venda direta de dólares e a oferta de títulos cambiais é mais indicada para combater a pressão sobre o câmbio. "Além disso, um aumento dos juros também teria um impacto fiscal negativo, pois mais da metade da dívida pública é atrelada à Selic."

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