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Anatel adia fim dos celulares analógicos

Por Gerusa Marques
Atualização:

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou por prazo indeterminado o fim dos celulares analógicos. A previsão da agência era de que esses aparelhos, que são cerca de 11 mil em todo o País, só funcionariam até hoje, mas a Anatel decidiu suspender temporariamente a decisão para evitar que os usuários desse serviço ficassem sem comunicação. As empresas de telefonia são obrigadas a trocar, de graça, o aparelho analógico por um celular digital, mas estão encontrando dificuldade para substituir as redes e todas as antenas antigas. A sobrevida dada aos celulares analógicos está em ato da Anatel, publicado hoje no Diário Oficial da União. A medida vale enquanto durar o processo de consulta pública de uma outra proposta, que é a de substituir, dentro de um ano, os telefones fixos de áreas remotas do País, chamados de Ruralcel e Ruralvan. Esses telefones também são analógicos e, apesar de serem fixos, usam as redes da telefonia celular. Não há data prevista para o fim deste processo de consulta pública. Para tomar a decisão de prorrogar o prazo, a Anatel considerou também o fato de que existem antenas analógicas da telefonia celular em lugares que não são cobertos pela tecnologia digital e, portanto, não poderiam ser desativadas até que fossem substituídas por outras, de tecnologia digital. O objetivo da Anatel é garantir que a migração ocorra sem transtornos aos usuários. O maior problema dos celulares analógicos é que eles são mais suscetíveis a fraudes, como a clonagem. Hoje há no País um total de 130 milhões de celulares em operação.

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