PUBLICIDADE

Anatel estuda uso compartilhado de redes de celular

Por Gerusa Marques
Atualização:

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estuda a possibilidade de implantar, no próximo ano, o uso compartilhado de infraestrutura entre empresas de telefonia celular para permitir uma expansão mais rápida das redes de terceira geração (3G). Esse compartilhamento prevê que duas operadoras usem a mesma rede de dutos e antenas, por exemplo, mantendo independentes as suas fibras óticas e frequências, o que reduziria os custos.O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente, disse que, para atender às metas previstas no leilão de 3G, as quatro maiores empresas - Vivo, Claro, TIM e Oi - terão de instalar, cada uma, 12 mil antenas de telefonia celular. Com o compartilhamento, esse número cairia pela metade.Ele previu que o uso compartilhado, se adotado, anteciparia de 2015 para 2013 a cobertura de todo o País com as redes de terceira geração. O assunto foi tratado hoje em reunião com técnicos das empresas de telefonia e é uma das medidas que estão sendo estudadas pela agência para atender o crescimento da demanda por serviços de banda larga. Segundo Valente, ainda há questões técnicas a serem superadas, mas ele adiantou que nenhuma empresa é contra a ideia.Valente confirmou que a Anatel está elaborando novas metas de qualidade para as operadoras. Uma delas é a exigência de que as empresas cumpram um mínimo de velocidade do tráfego de dados prevista no contrato.O superintendente disse ainda que, na reunião de hoje, também começou a ser discutido um plano de atendimento de serviços de telecomunicações para os eventos esportivos que ocorrerão no País nos próximos anos. Estão na lista os Jogos Mundiais Militares de 2011, a Copa das Confederações de Futebol de 2013, a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.Também estão sendo estudadas com as empresas medidas para reduzir o custo da ligação local (roaming) em viagens a países do continente americano, que hoje sofre bitributação. A medida, no entanto, requer mudança em vários regulamentos e só poderá ser implantada em dois anos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.