Publicidade

Anatel quer competição na banda larga

A Anatel quer incentivar a concorrência entre empresas de Internet de alta velocidade para baratear o preço do serviço ao consumidor. Atualmente, paga-se em média R$ 80 mensais pelo serviço. Globocabo e TVA concordam com competição.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os preços ainda estão altos e a competição é pequena entre provedores de acesso de alta velocidade, a chamada banda larga. O usuário ainda tem que pagar mais de R$ 80 por mês para conseguir ver um show em qualidade próxima à da TV no computador. Em São Paulo, apenas a Globocabo, a TVA e Telefônica fornecem serviços de acesso em alta velocidade. O cenário pode mudar a partir de 2001 se as empresas que atendem hoje em dia o mercado corporativo com serviços especializados, como a de redes privativas, se interessarem por essa clientela residencial. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou nesta terça-feira em consulta pública o regulamento do novo Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). O serviço permitirá às empresas que detêm licenças de serviços especializados de rede, comutação de pacotes e circuitos ou linha dedicada, por exemplo, obterem uma nova outorga com a liberdade de atuar livremente no mercado de pessoas físicas. Atualmente essas empresas podem até atender alguns grupos fechados, como um condomínio residencial. "Queremos que aumente bastante a competição para o acesso em banda larga", disse o superintendente de Comunicação de Massa da Anatel, Jarbas Valente. "O ideal é que baixe bastante o preço porque R$ 80 é muito caro", afirmou. TVA e Globocabo em competição A TVA e a Globocabo acreditam que a competição vai favorecer esse mercado. A superintendente da TVA, Leila Lória, disse que a competição pode cortar os preços porque o número de usuários deve aumentar. A TVA pretende ampliar a área de prestação do serviço utilizando redes de terceiros. O presidente da Globocabo, Moysés Pluciennik, também acredita que a competição será benéfica. Ele observou ainda que o novo regulamento desobriga o usuário do acesso em banda larga a contratar também a TV por assinatura. Para o mercado corporativo, as empresas de TV paga já tinham uma alternativa: vender apenas uma assinatura de TV para vários acessos em banda larga.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.