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Anbid: Bradesco é maior administrador do País

Segundo a nova metodologia do ranking divulgado pela pela Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid), o Bradesco é o maior administrador de recursos do País, seguido do Banco do Brasil e o Itaú. No total, os bancos aplicam pouco mais de 10% em renda variável.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Bradesco é o maior administrador de recursos do País, desbancando o Banco do Brasil segundo a nova metodologia do ranking divulgado ontem pela Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid). Em março, o Bradesco administrava um total de ativos de R$ 55,764 bilhões (sem o BCN), seguido pelo Banco do Brasil (R$ 55,154 bilhões) e o Itaú (R$ 41,196 bilhões). O novo ranking da Anbid traz como principal novidade a eliminação do efeito de dupla contagem de recursos, provocada por investimentos de fundos em cotas de carteiras da própria instituição. Se a duplicidade de investimentos não fosse descartada, o Banco do Brasil seria o primeiro colocado, com um total de R$ 92,495 bilhões frente ao Bradesco, com R$ 75,960 bilhões. Os resultados de março não trazem alterações nas três primeiras colocações frente ao resultado de dezembro. Outra novidade da metodologia é a quantidade de detalhes fornecida pelo novo ranking, que divide os recursos administrados por instrumentos de gestão, tipo de investidor e ativos. Na opinião do vice-presidente da Anbid, Marcelo Giufrida, a metodologia permite não só uma visão mais completa do mercado de administração de recursos, como também um diagnóstico dos movimentos da indústria. Apenas 10,72% dos recursos em renda variável O novo ranking mostra que, de um total de R$ 345,035 bilhões sob a gestão de grandes instituições financeiras em março, apenas R$ 37,001 bilhões estão alocados em renda variável. A parcela corresponde a 10,72% do montante. Segundo o levantamento do Anbid, o total de recursos administrados pelas instituições financeiras saiu de R$ 324,752 bilhões em dezembro de 2000 para R$ 345,035 bilhões no final de março - um incremento de 6,24%. Giufrida acredita que o crescimento total da indústria até o final do ano deve ficar entre 20% e 25%. Esse porcentual está bem abaixo do crescimento de 45% verificado em 1999 e 2000. O vice-presidente avaliou que a menor variação é fruto das diferenças de cenário econômico entre os períodos acompanhados. Ele lembrou que em 1999 o mercado de ações teve uma valorização expressiva (de 152%) e o País contava com taxas de juros mais elevadas. Esses dois fatores contribuíram para a valorização do patrimônio de toda a indústria (tanto de renda fixa como variável). Maior parte dos recursos vem do segmento de varejo O segmento de varejo dos bancos representa a maior fatia das áreas de administração de recursos das grandes instituições financeiras, com 37,21% do total. Para Giufrida, isso demonstra que os produtos são populares. Ele destacou que a soma das áreas de varejo, fundos de pensão e de previdência privada aberta dão uma dimensão da importância do investidor pessoa física para a indústria de administração de recursos. Os três segmentos juntos alcançam 61,28% do total. Pelo ranking, os fundos de pensão de empresas privadas e públicas respondem por 19,59% dos recursos administrados pelas grandes instituições financeiras do País.

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