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Anbid: patrimônio dos fundos em R$ 305 bilhões

Possibilidade de movimentação diária, aplicações iniciais menores e estabilidade econômica do País têm atraído investidores para o segmento de fundos. O setor de ações tem participação menor entre os produtos.

Por Agencia Estado
Atualização:

Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) revelam que, até o dia 26, o segmento de fundos acumula um patrimônio líquido de R$ 305, 082 bilhões. "Houve uma grande explosão no mercado, principalmente quando as aplicações passaram a ter negociabilidade diária", de acordo com Marcelo Giufrida, vice-presidente da Anbid. Para Alexandre Zakia Albert, diretor de produtos de investimento do Itaú, a legislação permitiu o acesso do pequeno investidor ao mercado. "Hoje não é preciso ter uma grande quantia de dinheiro para diversificar o investimento. É possível fazer isso em apenas um fundo", afirma. Zakia Albert diz ainda que a alavancagem do setor deve-se também à estabilidade econômica do País. "É fácil perceber que depois do Plano Real o mercado financeiro começou a apresentar um forte aquecimento. E, nos últimos anos, a indústria acompanhou esse desempenho, evoluindo em média 35% ao ano", diz. Fundos de ações Entre as modalidades de fundos, o segmento de ações ainda atrai poucos poupadores. Isso porque os últimos anos, com as baixas nas bolsas de Nova York e no Brasil, não foram favoráveis aos fundos de ações. Dados da Anbid confirmam isso. Grande parte do dinheiro captado foi direcionado para os fundos de renda fixa prefixados e pós-fixados (DI) - cerca de 63% do patrimônio total da indústria. Já os fundos de ações representam 8,6% desse total. Ou seja, o patrimônio aplicado em ações está em torno de R$ 26,202 bilhões. Mas, com a queda da taxa de juros, esse cenário pode mudar. "Quanto mais baixo o juro, maior será a captação no mercado acionário", prevê Giufrida. Ele lembra que, na década de 70, os Estados Unidos sofriam com os juros elevados e, nesse período, cerca de 75% do patrimônio da indústria de fundos de investimento estava em renda fixa. Hoje, com a queda do juro real, a situação é inversa. "Cerca de 70% do capital dos investidores norte-americanos está aplicado em ações."

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