A Andima tomará providências em relação às suspeitas de vazamento da primeira prévia de março do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) divulgada ontem, afirmou à Agência Estado o superintendente geral da entidade, Paulo Sampaio. Ressaltando que a Andima ainda trata o tema como um "boato", e não como um "fato", Sampaio disse que a entidade não ficará indiferente às denúncias que circularam com força ontem nas meses do mercado financeiro sobre o vazamento dos números. "Até porque, sendo fato ou boato, o efeito prejudicial no comportamento dos ativos ontem foi o mesmo", defendeu o superintendente da Andima. Ele explicou que o IGP-M foi contratado junto à FGV do Rio de Janeiro em 1989 a partir de um pool de instituições financeiras reunido na Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), representado pela Andima. "Na época a divulgação ficou com a Andima porque a sua sede e a da FGV ficavam no Rio, e a questão do timing da informação não era tão importante como é hoje. Para os jornais, por exemplo, tanto fazia que o número fosse divulgado às 17h30 ou às 18h30, pois a notícia só sairia no dia seguinte, não havia tempo real", ilustra o executivo. As inovações tecnológicas nos mercados e a importância da velocidade da informação podem levar a eventuais aperfeiçoamentos para o índice, admitiu Sampaio. Ele ponderou que, como cabe à Andima apenas a divulgação do índice, essa questão será levada à CNF e "naturalmente" à Fundação Getúlio Vargas. "Com certeza alguma coisa vai ser conversada com a FGV sobre isso, até para que esses rumores sobre vazamentos não tenham espaço para progredir", afirmou. "Isso tudo será feito dentro de um ambiente de tranquilidade, sem açodamentos", completou.