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Andrade Gutierrez e Alstom criam joint venture no setor eólico

Empresa vai atuar no mercado de produção de torres de aço para aerogerador, equipamento usado em parques eólicos

Por André Magnabosco
Atualização:

A Andrade Gutierrez e a francesa Alstom anunciaram ontem a criação de uma joint venture para atuar no mercado de produção de torres de aço para aerogeradores, equipamento utilizado em parques eólicos. As duas companhias investirão aproximadamente 30 milhões na construção de uma fábrica no município de Jacobina (BA), que terá 51% de participação da Andrade Gutierrez e 49% da Alstom. A joint venture receberá o nome de Torres Eólicas do Nordeste (TEN).A unidade terá capacidade para produzir por ano 200 torres metálicas e deverá ser inaugurada no segundo semestre. A previsão das companhias é de que sejam gerados 250 empregos diretos e 600 indiretos. A escolha do local foi determinada pela proximidade com o mercado consumidor, já que o transporte de equipamentos dessa natureza é um dos fatores de competitividade ao projeto. "É muito importante para os clientes locais contarem com fornecedores próximos de seus parques eólicos", destacou em nota o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa. "Isso reduz os custos logísticos, tempo de entrega e aumenta a garantia de segurança no transporte deste grande equipamento. Isso traz ainda mais eficiência aos processos", afirmou o executivo.As companhias lembram que 80% dos parques eólicos nacionais ficam localizados na região Nordeste.Esta será a terceira unidade eólica da Alstom na América Latina. A primeira foi inaugurada em 2011, em Camaçari (BA), para a fabricação de naceles ( a estrutura do aerogerador que comporta os motores), e a segunda em 2013, em Canoas (RS), para a fabricação de torres a serem utilizadas no sul do Brasil e em países vizinhos como Argentina, Chile e Uruguai.Mercado. Em 2013, foram contratados 2,3 mil MW de energia eólica, um recorde para o segmento. O País fechou o ano com 3,6 mil MW de capacidade instalada - 3% da matriz elétrica. Até 2018, a expectativa é que essa capacidade chegue a 13 mil MW, o equivalente a 8% da matriz. Até 2009, no primeiro leilão de energia eólica, a fonte renovável não tinha competitividade no mercado brasileiro. Com a crise internacional, o consumo de energia recuou no mundo todo e os projetos de novas usinas foram paralisados, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa. Como no Brasil o consumo de energia ainda era crescente, os fabricantes globais se voltaram para o País, montaram fábricas e criando competição no setor.

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