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Aneel autoriza reajuste médio de 10,95% para Ampla

Por LEONARDO GOY
Atualização:

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje reajuste médio de 10,95% a ser aplicado nas tarifas da distribuidora fluminense Ampla, que leva energia a cerca de 2 milhões de unidades de consumo no interior do Estado do Rio de Janeiro. Para os clientes residenciais o aumento será de 10,88%, enquanto as indústrias abastecidas pela empresa pagarão, em média, 12,14% a mais pela energia. As novas tarifas entrarão em vigor no sábado, dia 15. A Ampla é a primeira distribuidora do País a ter seu reajuste influenciado pela crise energética sul-americana. Segundo técnicos da agência, o reajuste foi fortemente influenciado pela combinação de dois fatores: a crise energética da Argentina, que levou à interrupção da exportação de energia para o Brasil, e também a falta de chuvas no começo do ano, que elevou o preço da energia no mercado de curto prazo. Em dezembro passado, a Ampla teve de encerrar um contrato de fornecimento de cerca de 284 megawatts médios com a Companhia de Interconexão Energética (Cien), que importava energia da Argentina. O contrato foi interrompido pelo fato de a Cien não ter mais com mandar energia para a Ampla. Assim, a Ampla foi obrigada a recorrer ao mercado de curto prazo para substituir a energia que deixou de comprar da Cien. Mas como em janeiro os preços do mercado de curto prazo estavam no ápice, devido à escassez de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a empresa, segundo técnicos da Aneel, teve de pagar uma diferença de R$ 78,7 milhões na energia. Segundo o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, se o contrato com a Cien não tivesse sido interrompido, o reajuste médio das tarifas da empresa cairia de 10,95% para 4,19%.

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