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Aneel: crise reduziu competição no leilão de linhas

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, afirmou hoje que a crise financeira internacional colaborou para reduzir a competição no leilão da linha de transmissão do complexo do Rio Madeira, em Rondônia, realizado ontem pela Aneel. Todos os lotes colocados na disputa foram arrematados, mas os deságios oferecidos pelos investidores foram inferiores ao que normalmente se via em leilões desse tipo. Na média, as empresas vencedoras dos lotes reduziram em 7,15% as tarifas que cobrarão para transportar a energia. Kelman, entretanto, afirmou que, até levando em conta o ambiente de crise, o leilão foi de "um sucesso brutal". "Conseguir, em pleno ambiente de incertezas, investimentos de R$ 7 bilhões mostra que há confiança na estabilidade do País", disse. Jirau Ao deixar o 1º Simpósio Infra-estrutura e Logística no Brasil, realizado pelo Senado, Kelman amenizou as declarações feitas por ele mesmo de que seria difícil a usina hidrelétrica de Jirau começar a gerar energia em 2012. Ele disse que o que ele fez foi um exercício de simulação das conseqüências, caso os obstáculos à obra não sejam removidos. Ele, entretanto, afirmou que, mesmo que haja um atraso nas obras de Jirau, isso não significa que faltará energia em 2012. "O resultado (do atraso) não será a falta de energia, mas sim a produção de uma energia mais cara e poluente", disse, lembrando que, caso haja mesmo um atraso no cronograma de Jirau, a energia que deixar de ser gerada em 2012 terá de ser substituída por megawatts produzidos por térmicas a óleo. "Essa trilha de não desenvolver as hidrelétricas e usar a energia mais cara e poluente vai fazer com que, a médio prazo, o Brasil fique menos competitivo, gerando um crescimento menor da economia", disse.

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