PUBLICIDADE

Aneel diz que não haverá racionamento de energia

Por Rosana de Cássia
Atualização:

O presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) , Jerson Kelman, afirmou hoje, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, que não haverá racionamento de energia em janeiro, apesar de os reservatórios, segundo técnicos da própria agência, apresentarem níveis abaixo do desejável. "O nível de água nos reservatórios não está baixo. Nesta época do ano, os reservatórios estão mais ou menos nos níveis que estão hoje. Isso não significa que vai ter apagão de energia elétrica. É normal", disse. Segundo Kelman, o acionamento das termelétricas, movidas a gás, para garantir o abastecimento de energia, também é normal. "Isso faz parte do planejamento do setor. O que está mudando este ano é que as térmicas estão sendo ligadas mais cedo para evitar que haja racionamento de energia elétrica. Este ano está se fazendo uma revisão desses níveis críticos, quando se liga as térmicas, não porque vai ter racionamento de energia mas porque precisa, porque hoje nós contamos com menos energia, que vinha da Argentina, e não vem mais, e contamos com menos energia das térmicas. Hoje só 40% das térmicas conseguem gerar energia, porque tem gás. Mesmo com situação semelhante ao ano passado tivemos que ligar mais cedo as térmicas", explicou. Gás Kelman não quis, porém, prever se diante desse quadro poderá faltar gás para as indústrias e veículos convertidos a gás. "Esse assunto é para janeiro", disse, lembrando que a discussão sobre acionar ou não as térmicas será levada à audiência pública, em 3 de dezembro. "Há tempo. Não haverá racionamento. As térmicas serão ligadas quando houver necessidade", garantiu. Kelman disse também que não haverá nenhum reajuste de tarifa por conta da situação do gás, no curto prazo. "O que me parece relevante é que essa sinalização de que nos próximos dois anos o gás não é farto tem que permear a percepção de toda a sociedade e também do Judiciário e das autoridades, inclusive estaduais. Por exemplo o Rio de Janeiro discute se deve continuar sendo dado incentivo para quem está convertendo o carro a gás. Quem já converteu deve ser respeitado. Agora permitir que se convertam mais veículos para gás natural me parece um contra-senso e todos devem saber isso", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.