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Aneel gastou R$ 1,4 mi para organizar leilão do Madeira

Por LEONARDO GOY E WELLINGTON BAHNEMANN
Atualização:

Os cuidados tomados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a realização do leilão da usina de Santo Antônio, do rio Madeira, dão o tom da importância da licitação para o governo federal. Preocupada em garantir o sucesso da disputa, a autarquia investiu R$ 1,4 milhão na organização do processo, que será realizado na segunda-feira. Esse custo do certame será rateado, posteriormente, pelos consórcios e pelas distribuidoras. O leilão da usina de Santo Antônio será realizado na sede da Aneel, em Brasília, a partir das 10 horas da segunda-feira. A licitação retoma o modelo adotado pelo governo federal nos primeiros leilões de energia do novo modelo do setor elétrico, quando a disputa era travada em ambientes fechados. Neste, os representantes dos três consórcios inscritos ficarão confinados em salas separadas, pelo tempo que durar a disputa. Eles não terão qualquer tipo de contato com o exterior - os celulares e laptops terão de ser depositados numa "chapelaria" instalada na recepção da agência - e farão seus lances em uma rede de computadores fechada desenvolvida pela Aneel. Segundo a organização, não há previsão de quando irá durar a licitação. Cada uma das três salas terá capacidade para 12 pessoas - mas não há um limite formal de inscritos para cada consórcio. Nessas salas, estão instalados dois computadores ligados à rede exclusiva. Um deles, de backup do principal. "Toda a infra-estrutura do leilão possui um principal e um redundante", disse hoje o presidente da Comissão Especial de Licitação da Aneel, Helvio Guerra. A Aneel, inclusive, disponibilizou três salas extras que podem ser utilizadas pelos consórcios caso os dois computadores instalados nas salas principais apresentem problemas. Blecaute Outro fator de preocupação é a eventual ocorrência de um blecaute. Para evitar problemas, todos os computadores foram equipados com no-breaks com capacidade para suportar cinco minutos sem energia, tempo suficiente, segundo Guerra, para que o sistema de geradores da Aneel entre em funcionamento. Além disso, equipes da Companhia Energética de Brasília (CEB) estarão de plantão para sanar eventuais transtornos. Segurança A preocupação da Aneel com a segurança das informações é tamanha que até as janelas das salas onde estarão os representantes dos consórcios foram revestidas de insulfilm. Os garçons, que levarão água e comida para os operadores, só poderão entrar nas salas acompanhados de um auditor e de um representante da comissão de licitação da Aneel. Autoridades De acordo com Guerra, o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, é uma das autoridades que já têm presença confirmada no leilão. Outras autoridades que também deverão acompanhar pessoalmente a licitação são o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, e o governador de Rondônia, Ivo Cassol. Também foram convidados a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Walton Rodrigues, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, entre outros.

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