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Anefac: consumidor paga elevados juros

Segundo pesquisa mensal de dos juros cobrados ao consumidor no mercado, a taxa sofreu uma pequena redução, ficando a taxa média em 7,74% ao mês em novembro. Apesar da queda, a Anefac e o Procon aconselham a evitar as linhas de crédito.

Por Agencia Estado
Atualização:

No mês de novembro, de acordo com apuração de Nívea Vargas, a taxa média dos juros praticados pelo mercado para pessoa física ficou em 7,74% contra 7,77% do mês anterior, uma queda mínima que reflete muito pouco no bolso do consumidor. Esse foi o resultado apurado pela pesquisa mensal realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) sobre os juros cobrados à pessoa física no comércio, cartões de crédito, cheque especial, Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos, empréstimo pessoal dos bancos e financeiras. Os juros praticados no comércio para pessoa física sofreram uma pequena redução, caindo de 6,93% para 6,90% ao mês em novembro. As demais linhas de crédito que apresentaram variação foram o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que foi de 3,91% para 3,89%; e o empréstimo pessoal juntos aos bancos, que caiu de 4,73% registrado em outubro para 4,59% ao mês em novembro. As linhas de crédito que não apresentaram variação, de acordo com a pesquisa da Anefac, foram o cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal das financeiras. Crediário Segundo a pesquisa, as taxas de juros mantiveram, neste mês, a menor taxa de juros nominal desde a implantação do Real. No início do Plano Real, as taxas de juros nominais praticadas no crediário de loja atingiram, na média, 15,02% ao mês contra 6,90% ao mês em novembro último. Entretanto, apesar desta queda e de termos hoje a menor taxa de juros nominal, se comparada com a taxa Selic - a taxa básica referencial da economia -, a variação hoje é maior. A queda da taxa Selic não foi totalmente repassada às taxas cobradas dos consumidores. A conseqüência desta situação gerada pelas altas taxas de juros é a inadimplência generalizada no sistema econômico, apresentando os índices mais elevados já registrados. Os lojistas argumentam que cobram caro para se garantir contra os riscos da inadimplência. Mas é justamente essa cobrança que agrava a atual crise de crédito. Diante disso, o Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, e a Anefac, aconselham o consumidor a evitar essas linhas de crédito.

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