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Anefac: juros ao consumidor deverão ficar estáveis

Segundo o vice-presidente da Anefac, o efeito da elevação do compulsório sobre os depósitos a prazo poderá ser pequeno sobre as taxas de juros no crédito ao consumidor.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os efeitos da elevação do compulsório sobre as instituições financeiras deverá ser diferenciado, o que poderá resultar em pequena ou nula a elevação dos juros no crédito à pessoa física, afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. A elevação do compulsório sobre os depósitos a prazo de zero para 10%, anunciada pelo Banco Central (BC) na sexta-feira passada, a fim conter a escalada da cotação do dólar, provocará uma redução no volume de crédito e conseqüentemente, segundo a Anefac, uma elevação nas taxas de juros nas operações de crédito. Na segunda-feira, dia 24, o efeito já foi percebido: os juros subiram logo na abertura dos negócios. No entanto, o executivo acredita que esta medida não atingirá as instituições financeiras da mesma maneira. Segundo ele, um banco que deseja conceder um empréstimo terá que captar via Certificado de Depósito Bancário (CDB) um volume de recursos maior do que irá emprestar, de modo a comprar títulos públicos que ficarão depositados junto ao BC. Entretanto, ele lembra que bancos que possuem uma grande carteira voluntária de títulos públicos pode deslocá-los para depósito no BC, sem que haja a necessidade de comprar novos títulos. Em virtude disso, o executivo acredita que o efeito sobre o crédito ao consumidor deverá ser pequeno e, em alguns casos, tendo em vista as já elevadas taxas de juros, é possível que algumas instituições financeiras sequer alterem suas atuais taxas de juros, principalmente das linhas de crédito mais caras como por exemplo a do cheque especial, cuja taxa média está em torno de 8,5% ao mês.

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