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Anfavea: críticas ao etanol são hipocrisia charmosa

Por Anne Warth
Atualização:

As críticas de representantes de países e organizações internacionais sobre a produção de etanol no Brasil são uma "hipocrisia charmosa", avaliou hoje o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. Para o dirigente, as críticas são charmosas porque a intenção é pegar carona em um tema emocional, a escassez de alimentos, seu conseqüente aumento de preços e a fome mundial. Apesar disso, são hipócritas, pois o Brasil não tem qualquer responsabilidade nessa crise, motivada pelo aumento do consumo de alimentos nos países da Ásia e do Leste Europeu. "O Brasil pode fazer etanol e tem todo o direito de produzi-lo. E quem não pode fazer está preocupado", ironizou Schneider, sem citar a produção americana de etanol a partir do milho, que é subsidiada, e as declarações de representantes da União Européia, que não tem terra suficiente para a produção de etanol. "Temos 7 milhões de hectares dedicados ao plantio de cana, contra 25 milhões de hectares utilizados na cultura da soja. Além disso, atualmente temos 90 milhões de hectares disponíveis em terras agricultáveis", citou Schneider.

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