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Anfavea manterá com Argentina regra atual de comércio

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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, admitiu, nesta quinta-feira, 6, que o livre comércio de veículos entre Brasil e Argentina, previsto para entrar em vigor em 1º de julho, não irá ocorrer e avaliou que o cenário possível é a prorrogação das atuais regras de mercado no setor entre os dois países. Até o final deste mês, o acordo prevê que o Brasil possa exportar ao país vizinho um valor até 95% superior ao total importado da Argentina, sem impostos, o que deve ser mantido."Apesar de defendermos o livre comércio, as conversações seguem e esperamos ter bom cenário, que poderia ser, por exemplo, a prorrogação da situação atual por mais um ano ou 18 meses para dar tempo aos dois governos de um novo acordo por tempo maior", disse. Segundo a Anfavea, representantes dos dois governos devem definir o acordo nos próximos dias, diante da aproximação do fim do prazo para o livre comércio.CâmbioMoan afirmou ainda que a alta recente do dólar é positiva para o setor automotivo, que tem uma meta de exportar 1 milhão de unidades por ano até 2016. No entanto, o presidente da Anfavea criticou a volatilidade do câmbio. "A volatilidade da taxa de câmbio nunca é boa", disse.O executivo admitiu que a Anfavea deverá revisar a previsão de queda de 4% no volume exportado de veículos em 2013 sobre 2012, diante do crescimento de 13,4% em volume e de 6% em valores nas vendas externas do setor nos cinco primeiros meses deste ano, ante igual período do ano passado.Ainda segundo Moan, a diretoria da Anfavea avalia nesta quinta-feira, 6, e deve apresentar em até um mês ao governo, a proposta para o chamado Exportar-Auto, que visa justamente alavancar as exportações do setor.Um dos pontos pedidos já revelado pelas montadoras é fazer com que a carga de impostos não relacionada à produção, que chega a 8%, seja ao menos reembolsável às companhias exportadoras. "Teremos propostas de curto, médio e longo prazos, com atribuições ao governo e a nós", afirmou.

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