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Anfavea prevê melhora no ano que vem

Associação afirma que queda na produção e venda de automóveis neste ano se deveu a uma combinação de fatores, como menos dias úteis por causa da Copa

Por Igor Gadelha
Atualização:
Pátio da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou que o setor automotivo deve ter em 2015 um desempenho melhor do que em 2014. Durante abertura do Congresso Perspectivas 2015, promovido pela Autodata, empresa de informações sobre o mercado automotivo, ele afirmou que o segundo semestre tem sido melhor do que o primeiro em vendas e produção.

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"Passamos meio incólumes de uma crise em 2009, 2010, 2011 e 2012. A conta chegou no fim de 2013 e, este ano, estamos também passando por ela", afirmou, destacando que a Anfavea já esperava um desempenho fraco para a indústria automobilística neste ano. "Era impossível não termos uma queda na nossa atividade", disse.

Copa.

Ele voltou a afirmar que a queda na produção e venda de automóveis neste ano se deveu a uma combinação de fatores negativos, desde os reflexos das manifestações de junho de 2013 até menos dias úteis por causa da Copa.

Moan ressaltou que o segundo semestre já tem mostrado uma recuperação do setor. Segundo ele, a média mensal de vendas no segundo semestre em relação ao primeiro cresceu 3,9%. Já a média da produção, mesmo com a crise na Argentina (principal país importador de veículos brasileiros), aumentou 4,7% entre os dois períodos. "Em outubro, já voltamos a uma média diária de 13 mil unidades produzidas."

Projeção.

Moan estimou que se o Brasil crescer 3% ao ano, "o que não é nada extraordinário", o tamanho do mercado deverá chegar a 6,9 milhões de unidades nos próximos 20 anos.

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Ele afirmou que essa projeção é uma das principais justificativas para os R$ 77 bilhões de investimentos programados no setor entre 2012 e 2018.

Moan adiantou ainda que, até 2034, devem vir entre R$ 80 bilhões e R$ 100 bilhões de novos investimentos das montadoras para aumento da produção de veículos no Brasil.

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