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Anglo American aposta em pesquisa de cobre no País

Anglo American está desenvolvendo fases preliminares de pesquisa mineral para prospecção de jazidas de cobre nos Estados de Mato Grosso e Pará

Por Renata Batista
Atualização:

O presidente da Anglo American, Mark Cutifani, animou o mercado de mineração nesta sexta-feira, 27, após comentar sobre pesquisa no Brasil para prospecção de cobre. Em conferência para analistas, em Londres, ele disse que há muita conversa no País (a respeito de uma descoberta de cobre) e que “as pessoas sabem que estamos procurando alguma coisa”. Ao ser pressionado por um analista do Morgan Stanley por mais detalhes, esfriou a conversa. “Pode não ser o que esperamos que seja”, disse. 

Procurada, a assessoria de imprensa da companhia no Brasil informou que “a Anglo American está desenvolvendo fases preliminares de pesquisa mineral para prospecção de jazidas de cobre nos Estados de Mato Grosso e Pará. Ainda é cedo para afirmar a viabilidade econômica e socioambiental do projeto”. 

Ainda é cedo para afirmar a viabilidade econômica e socioambiental do projeto, afirmou a Anglo American Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

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A área em que a Anglo desenvolve as pesquisas minerais tem cerca de 19 mil quilômetros quadrados. Foi dividida em quase 300 blocos, depois que a permissão para pesquisa foi conseguida em junho desse ano. 

No governo brasileiro, há uma grande expectativa por descobertas na região. No ano passado, o presidente Michel Temer foi obrigado, por pressão internacional, a voltar atrás na decisão de criar a Reserva Nacional de Cobre e Associados (RENCA), nos Estados do Pará e Amapá, na chamada Amazônia Legal. Além da Anglo, outras empresas do setor, como a Vale, conseguiram outorgas para pesquisa mineral na região. 

O Programa de Parcerias para Investimento (PPI) também prevê a licitação, até o fim do ano, de área no Tocantins para pesquisa mineral com possibilidade de reservas de Cobre. O Serviço Geológico Brasileiro (SGB) deve colocar em audiência pública esse mês o edital de concessão.

Segundo fonte do setor ouvida pelo Broadcast/Estadão, a probabilidade de existência das reservas é alta. O mais importante, porém, é a avaliação de viabilidade econômica dos projetos, que considera inclusive a probabilidade de o projeto conseguir todas as licenças ambientais. 

A Anglo American tem hoje cerca de 4 mil funcionários no Brasil, mas não informou quantos estão dedicados à nova pesquisa. Na conversa com os analistas, o presidente global da mineradora falou sobre a expectativa de aumento da demanda por cobre com o crescimento da frota de carros elétricos. Indicou um novo investimento na compra de uma mina no Peru. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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