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ANP: 9ª Rodada tem arrecadação recorde, de R$ 2,1 bi

Por Kelly Lima
Atualização:

A 9ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP) terminou no início desta noite com um recorde de arrecadação de bônus de assinaturas, de R$ 2,109 bilhões, quase o dobro do maior valor já arrecadado até hoje, de R$ 1,087 bilhão. No total, foram arrematados 119 dos 271 blocos ofertados. O diretor da ANP, Nelson Narciso, encerrou o leilão afirmando que a equipe organizadora do certame tinha a preocupação de fazer com que o modelo atual de concessão tivesse o resultado apresentado. Antes da realização da rodada, houve temor do mercado de que não houvesse procura para os blocos ofertados, devido à retirada das 41 áreas mais atrativas, localizadas sobre a camada de sal, ao largo das recentes descobertas de reservas potenciais no bloco de Tupi, na Bacia de Santos. Antes da retirada destes blocos, estimativas de mercado indicavam a possibilidade de a arrecadação de bônus atingir até R$ 10 bilhões. Após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), esta previsão caiu consideravelmente e variava entre os mais otimistas, que apostavam na chegada em até R$ 2 bilhões e os mais pessimistas (a maioria), que não acreditavam na quebra do recorde de arrecadação. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, ao fazer pronunciamento final do leilão, destacou a "elevada participação" de novas companhias no negócio. "Antigamente a gente via uma presença maciça da Petrobras, e agora isso está mais diluído e demonstra uma maior concorrência entre as empresas, demonstra que o Brasil pode crescer muito nesta área", disse, lembrando que apenas 4,7% do total de bacias sedimentares brasileiras está hoje nas mãos de empresas brasileiras ou estrangeiras. "Há ainda muito por fazer e queremos repetir nos próximos anos o sucesso deste leilão e o ritmo de crescimento imposto pelas empresas a ele", disse.

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