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ANP admite dificuldade para realizar 10ª rodada em 2008

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, admitiu hoje que há risco de a agência não conseguir realizar neste ano, como estava previsto, a 10ª rodada de licitação de blocos de exploração de petróleo e gás. "Hoje mesmo corremos o risco de não conseguir realizar a 10ª rodada este ano, porque ainda há muitos prazos a serem cumpridos. O ideal é iniciar o processo em janeiro", disse em entrevista após participar de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara. Tanto a realização da 10ª rodada quanto a retomada da 8ª rodada - suspensa em 2006 por ações judiciais - dependem da aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Durante a audiência, Lima queixou-se do fato de o CNPE não ter dado ainda seu aval a essas duas rodadas e pediu o apoio dos deputados para que esse processo seja destravado. "Em 2006 chegamos à auto-suficiência em petróleo. Para que ela seja mantida, precisamos de trabalho e estamos atrasados em nosso esforço exploratório." Ele explicou que esse atraso se deve ao fato de que o governo está ainda analisando qual vai ser o novo modelo de exploração a ser formulado para os blocos, que estão na área conhecida como pré-sal. Foi nessa camada sedimentar que foi encontrado o megacampo de Tupi. No ano passado, o governo suspendeu a licitação de 41 blocos, que seriam oferecidos na 9ª rodada, porque eles (blocos) se encontram no pré-sal. "Eu acho que não devemos condicionar uma coisa à outra. Devemos retomar a 8ª rodada mesmo sem concluir a discussão sobre o pré-sal", disse. Segundo Haroldo Lima, entre os blocos que ainda estão para ser licitados na 8ª rodada, há dez que estão na "franja" do pré-sal, mas não no pré-sal propriamente dito. Ele disse que, somados, esses dez blocos podem ter de 600 milhões a 1,8 bilhão de barris. "Isso não é nada extraordinário, que exija uma mudança de lei."

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